segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"Israel: um estado malfeitor"


Gabriel Latner, estudante de Direito da Universidade de Cambridge,
participava de um debate em que apoiava a ideia/”moção” de que
“Israel é um estado malfeitor”. No entanto, ele resolveu mudar seu
pronunciamento, e passou a defender o Estado Judeu. Sua postura
foi tão bem recebida que, além de ganhar a discussão, está
concorrendo ao cargo de presidente da Sociedade de
Estudantes de Cambridge. Eis o seu discurso:

Esta é uma guerra de ideais, e outros palestrantes hoje são idealistas. Eu não sou. Sou realista. É tão fácil torcer o significado das “leis internacionais” para fazer o Estado de Israel parecer um estado criminoso. E isto tem sido feito indefinidamente. A verdade é que tratar mal seus cidadãos ou de nações ocupadas não faz um estado ser “criminoso”. Se fosse assim, Canadá, os EUA e Austrália seriam criminosos pelo tratamento de suas populações indígenas. O tratamento da Inglaterra com os irlandeses facilmente os qualificaria a usar este apelido. Estes argumentos, mesmo que emocionalmente válidos, falham em ter rigor intelectual. Neste discurso, vou apresentar cinco argumentos pró-Israel, mostrando que se Israel não é um estado”criminoso”. Eu somente estarei discutindo que Israel é “malfeitor”. A palavra “malfeitor” tornou-se excepcionalmente maldosa. Mas a palavra propriamente dita é neutra. A OED (dicionário de Oxford) define “malfeitor” como “Extravagante, anômalo, mal colocado, ocorrendo em um lugar ou tempo inesperado”. Um estado exatamente como Israel.
O primeiro argumento é estatístico. O fato de Israel ser unicamente um estado judeu já o torna anômalo de tal forma que pode ser rotulado de “malfeitor”. Existem 195 países no mundo. Alguns são cristãos, outros muçulmanos, alguns são seculares. Israel é o único no mundo que é judaico. Ou, para falar por um momento matematicamente, a chance de qualquer estado se tornar judaico é de 0,0051%. Em comparação a chance de alguém ganhar 10 libras na loteria britânica é de 0,017% - mais do que duas vezes. O judaísmo de Israel é uma aberração estatística.
O segundo argumento trata do humanitarismo de Israel - em particular a resposta de Israel ao problema dos refugiados. Não à crise de refugiados palestinos, mas o caso dos refugiados darfurianos. Todos sabem que o que esteve e está acontecendo em Darfur é genocídio, mesmo que a ONU e a Liga árabe não chame assim. Existe um êxodo da população de Darfur para se salvar. E não tem tido sorte. Muitos foram para o norte - o Egito - onde são tratados indignamente. Os bravos fogem pelo deserto para alcançar Israel. Enfrentam não somente as ameaças naturais do Sinai, como servem de alvo para a prática de tiro dos soldados egípcios que patrulham as fronteiras. Por que correm o risco? Porque em Israel são tratados com compaixão. O governo de Israel foi ainda mais longe ao conceder cidadania israelense a centenas de Darfurianos. Somente isto, coloca Israel à parte do resto do mundo. Mas o verdadeiro ponto de diferença é este: o Exército de Defesa de Israel manda soldados e pessoal médico para patrulhar a fronteira com o Egito. São mandados para procurar refugiados tentando cruza a fronteira. Não para mandar as pessoas de volta, mas para os salvar da desidratação, exaustão pelo calor e tiros dos soldados. Comparemos isto com a reação dos Estados Unidos à imigração ilegal por suas fronteiras com o México. O governo americano tem aprisionado civis por dar água aos transgressores que estavam morrendo de sede - e aqui o governo de Israel está mandando soldados para salvar imigrantes ilegais. Chamar isso de uma espécie de conduta anômala é um depoimento menos sério.
Meu terceiro argumento é que o governo de Israel faz uma coisa que o resto do mundo evita - ele negocia com terroristas. Esqueçam o último líder da OLP (Organização pela Liberdade da Palestina), Yasser Arafat, um homem que morreu com sangue em suas mãos. Israel está negociando com os terroristas. Yasser Abed Rabbo é um dos condutores dos negociadores da OLP que foi mandado para conversar com Israel. Era um dos líderes da FLPL (Frente para Libertação da Palestina) - uma organização de “guerreiros da liberdade” que matou 22 estudantes israelenses de uma escola. E o governo israelense mandou delegados para sentar à mesa com este homem e falar sobre a paz. Nunca vimos o governo espanhol em conversações de paz como líderes do ETA (Movimento de libertação basco) - o governo britânico nunca negociou com Tomas Murphy. E se o presidente Obama conversasse com Osama Bin Laden o mundo veria isso como insanidade. Mas Israel faz exatamente isso. Essa é a definição de “malfeitor” - conduzir-se de uma forma inesperada ou anormal.
Outra parte da definição do dicionário é o comportamento ou atividade “ocorrendo em um tempo ou lugar inesperado”. Quando você compara Israel a seus vizinhos, torna-se claro como Israel é “criminoso”. E aqui temos o quarto argumento: Israel tem o melhor relatório sobre direitos humanos que qualquer um de seus vizinhos. Em nenhum momento existiu um estado democrático no Oriente Médio. Israel é o único país onde a comunidade LGBT (Homossexuais, lésbicas, transsexuais) têm igualdades. No Kuwait, Oman, Qatar e Síria a conduta homossexual é punida com chibatadas, aprisionamento ou ambas. Ainda os homossexuais podem se dar melhor que no Irã, Arábia Saudita e Yemen, onde são condenados à morte. O homossexual israelense pode adotar, servir no exército, entrar nos sindicatos e são protegidos por leis anti-discriminatórias fortes. As leis combatem a pena de morte. De fato, é melhor do que nos EUA. A proteção das liberdades civis dos cidadãos de Israel ganhou o reconhecimento mundial. A “Casa da Liberdade” é uma ONG que solta anualmente um relatório sobre democracia e liberdades civis de 195 países do mundo. Marca o país como “livre”, “parcialmente livre” e “não livre”. No Oriente Médio, Israel é o único que ganhou a designação de “livre”. Não é surpresa. Irã é um país designado como “não livre”, ao lado da China, Zimbawe, Coreia do Norte e Myamar. No Irã existe um “tribunal da imprensa”, que julga jornalistas por crimes abomináveis como criticar os aitolás, atacar “as fundações da república islâmica”, usar fontes suspeitas (isto é: “ocidentais”), ou insultar o Islã. Irã é o líder mundial em termos de aprisionar jornalistas, com 39 deles (que sabemos) na prisão. Também expulsaram quase todos jornalistas ocidentais durante a eleição de 2009. Realmente, penso que não podemos esperar menos de uma teocracia.
O que a maioria dos países do Oriente Médio é - teocracia e autocracia. E Israel é o único “malfeitor” democrático. Único de todos os países do Oriente Médio, onde protestos anti-governamentais são relatados sem censuras.
Tenho um argumento final. Ele está sentado logo ali em frente na plateia. A presença do Sr.Ran Gidor é toda evidência que precisamos para provar que Israel é um estado “malfeitor”. Para aqueles que nunca ouviram falar do Sr.Gidor, ele é o conselheiro político adido à embaixada de Israel em Londres. É quem o governo de Israel mandou para representá-lo na ONU. Ele está aqui hoje. Consideremos, por um momento, o que sua presença representa. O governo israelense permitir que um alto representante de sua diplomacia participe de um debate sobre sua legitimidade. Isto é extraordinário. Vocês acham, por um minuto, que outro país faria o mesmo? Se a Universidade de Yale organizasse um debate onde a moção fosse: “Esta casa acredita que a Inglaterra é um estado totalitário e racista, que cometeu danos irreparáveis aos povos do mundo”, ela permitiria qualquer de seus funcionários participar de tal debate? Não. A China participaria de um debate sobre Taiwan? Nunca. E não há chance de os EUA participar de um debate sobre os prisioneiros de Guantánamo. Mas Israel mandou o Sr.Gidor para debater com um jovem de 19 anos, estudante de Direito, que está completamente desqualificado para tratar do assunto em pauta. Mais uma vez, Israel está se comportando de forma inesperada ou anormal. Comportando-se como um estado “malfeitor”.
E aqui está o argumento final para todos – Israel, de propósito, desconsidera e não obedece às leis internacionais. Em 1981, Israel destruiu Osirak - o laboratório da bomba nuclear de Saddam Hussein. Todos os governos no mundo sabiam que Hussein estava construindo uma bomba e não fizeram nada. Exceto Israel. Sim, ao fazer isso quebrou a lei internacional e a norma. Mas também nos salvou de um Iraque nuclear. Por essa ação criminosa, Israel deveria ganhar um lugar de respeito aos olhos dos povos amantes da liberdade. Mas não. Mas, hoje à noite, enquanto nós conversamos, quero que se lembrem algo. Enquanto estamos aqui, o Irã de Komeini está fazendo uma bomba. E se você for honesto consigo mesmo, sabe que Israel é o único país que pode e irá fazer algo. Israel agirá, por necessidade, agirá em uma forma que não é normal, e é melhor que faça de uma forma destrutiva. Qualquer pessoa sã prefere um estado “malfeitor” a um Irã nuclear.
Tradução: Jayme Gudel

sábado, 19 de fevereiro de 2011

" COZINHA JUDAICA "



A história da gastronomia nos mostra que a cultura de um povo pode ser vista através da sua gastronomia que é passada de geração em geração, sofrendo muitas vezes mudanças que vão se adequando de acordo com o local aonde vivem e o que se encontra na região. Podemos notar essa influência nitidamente na mesa do judeu ashkenazi e do sefaradi.
Mesmo pertencendo à mesma religião seus hábitos alimentares se modificaram  devido as perseguições, tendo que se adequar ao que se encontrava na região.

Cozinha judaica é, provavelmente, a cozinha mais marcada pelos preceitos religiosos nos dias atuais. É conhecida no mundo inteiro, principalmente por causa das recomendações do ´Kashrut´ (As Leis Higiênicas), que proíbem o consumo de porco, crustáceos, leite e carne numa mesma refeição. Nem sempre a cozinha judaica é necessariamente kasher.



Em virtude de tantas proibições ou obsessão pela pureza dos alimentos, o povo judeu foi criando uma culinária baseada em aves, vegetais, carne de vaca e uso de ervas. Presente nos rituais e festas, a cozinha judaica não é sofisticada nos ingredientes, mas muito aprimorada no preparo.
De acordo com a tradição judaica, a comida ocupa lugar de destaque nas festividades e comemorações religiosas. Cada festividade tem pratos típicos correspondentes, com papel definido no ritual.


A IMIGRAÇÃO JUDAICA PARA O BRASIL
e as cozinhas Ashlenaze e Sepharade
Ao contrário do que muitas vezes se pensa, a presença judaica no Brasil vem de longe e se confunde com a própria história do país. O primeiro judeu que aqui chegou – o tradutor Gaspar da Gama – fazia parte da comitiva de Cabral. Em 1502, um consórcio de empreendedores judeus, tendo à frente o cristão-novo (judeu convertido ao cristianismo) Fernando de Noronha, arrendou da Coroa Portuguesa as terras recém-descobertas. Esse contrato, renovado sucessivas vezes até 1515, previa a paulatina exploração comercial do território brasileiro, além da construção de fortalezas para defendê-lo.

A partir da década de 1530, mudou radicalmente a motivação da presença judaica no Brasil. Os imigrantes já não vinham apenas atraídos pelas oportunidades oferecidas pela colônia. Mas, principalmente, para escapar das perseguições da Inquisição, que, no reinado de D. João III, projetou sua sombra sobre Portugal.

Em um dos grupos de exilados, desembarcou o primeiro profissional diplomado a exercer a medicina no país: Jorge de Valadares, integrante da comitiva do governador Tomé de Souza, empossado em 1549 no cargo de físico-mor da cidade de Salvador, então sede do Governo Geral do Brasil. Outro médico de origem judaica, Mestre José Serrão, acompanhou o governador-geral Francisco de Souza em longa viagem de inspeção pelo país, chegando, em 1599, a então distante vila de São Paulo de Piratininga. Serrão teria sido um dos primeiros judeus a marcar presença em São Paulo, se o próprio co-fundador da vila, o padre José de Anchieta, não fosse ele mesmo, filho de mãe judia.

De acordo com o historiador da medicina Lycurgo de Castro Santos Filho, foram judeus ou cristão-novos quase todos os médicos que atuaram no Brasil do século 16 até meados do século 18. São Paulo de Piratininga recebeu apenas pequena parcela dos que aqui chegaram. Rústica, distante, de difícil acesso, a vila manteve-se de certa forma à margem da vida econômica e intelectual do país e só passou a atrair mais significativamente a imigração judaica a partir da segunda metade do século 19. Na última década daquele século, a intolerância étnica e as miseráveis condições de vida prevalecentes nas regiões menos desenvolvidas do Velho Mundo fizeram com que aumentasse expressivamente o fluxo migratório para o Brasil.

Judeus Asquenazis e Sefaradis

Os judeus que imigraram para o Brasil têm duas origens:

  • Os judeus que vieram da Europa Oriental, de países como a Polônia e a Rússia, são chamados de judeus asquenazis. Falavam a língua ídiche. Uma parte vivia em pequenas aldeias, chamada de "shtetlach". Outros já viviam em cidades maiores e gozavam de melhores condições de vida.
     
  • Os judeus que vieram de paises como Egito, Síria e Líbano e, também, Turquia são chamados de sefaradis. Esse grupo era formado pelos judeus que já viviam nos países do Oriente há muitos séculos, e também pelos judeus oriundos da Espanha e de Portugal que, no final do século 15, encontraram acolhidas nos países e regiões de maioria islâmica do Império Otomano.  
Essas comunidades, muito diferentes entre si, seja pela língua e pela cultura, como também pelo passado histórico diverso, organizaram-se em grupos com identidades próprias. Criaram sinagogas, clubes e grupos de acolhimento aos imigrantes de suas regiões.

Viviam mais afastados do mundo não judaico que os Sepharadim, e eram mais apegados a valores espirituais e intelectuais, diferente dos sepharadim que eram mais preocupados com o sentido de suas ocupações. Por viverem fechados em guetos ou em pequenas aldeias e áreas restritas, sua alimentação era mais limitada, sem muita variedade.
Uma canção popular iídiche (língua antiga falada pelos judeus ashkenazim), de certa forma, demonstra a reação de um judeu ashkenaze diante do que era lhe oferecido:
"Domingo, batatas
Segunda, batatas
Terça e quarta, batatas
Quinta, batatas
Sexta, batatas
e no Sabado um Cholent com batatas"
Mesmo assim, encontramos sutilezas na cozinha Ashkenaze. A raiz-forte é o condimento geralmente usado para acompanhar pratos de carne ou peixe e sempre acompanha Guefilt Fish. Da mesma forma que os picles e Gherkins (pequenos pepinos em conserva) também atuam como condimentos que dão sabor especial para acompanhar várias preparações.
A combinação do vinagre, suco de limão, sal e açúcar ou mel cria nessa cozinha uma combinação acre-adocicada.
Quando as batatas foram introduzidas na Europa, através do Novo Mundo, elas se tornaram tão populares entre os ashkenazim que passaram a ser base de inúmeros pratos tradicionais como, os Kreplach e Kugels.
Além disso essa cozinha obtinha muito mais variações através da cevadinha, lentilhas e a Kasha, todos cereais bastante populares e acessíveis aos judeus de clima frio, e que são usadas até hoje mesmo o Brasil sendo um país tropical.
Diferenças entre a cozinha Ashlenaze e Sepharade
As diferenças começam pelo que encontravam na região de onde vinham. Os Ashenazim vinham de uma região fria, em conseqüência disso, utilizavam Schmaltz (gordura de galinha), cebola, alho, repolho, cenoura, beterraba e batata, além de peixes defumados e salgados, como a carpa e o arenque.


Os Sepharadim
No que diz respeito aos sepharadim, quando expulsos da Espanha, durante a inquisição, estes se dispersaram por todo o Mediterrâneo, onde a fertilidade de um clima menos frio deu lugar a uma das mais saborosas e características cozinha do mundo.
A abundância de frutas, ervas, grãos e especiarias existentes na região mediterrânea já era descrita pelo rei Salomão.
Ao contrário dos ashkenazim, os sepharadim elaboraram os mais engenhosos e delicados pratos, cujo sabor provinha muito mais de ervas aromáticas e de especiarias do que do sabor da cebola frita em gordura animal. E com da abundância de alcachofras, aipo, aspargos, espinafre, alfaces variadas, tomates, berinjelas, azeitonas, pimentões, pepinos, feijões verdes, favas, amêndoas, melões, tamarindos, abricós, uvas e etc., resultou uma cozinha mais próspera, colorida e variada.
Pela imensa variedade de culturas, havia uma preferência pelos alimentos vegetais, mais do que os de origem animal, assim como ocorre também nos dias de hoje, e se consome mais pescado do que carne, reservando esta última mais pro dia do shabat, um dia especialmente festivo e santificado.
Os judeus sepharadim vindos da Espanha utilizavam o azeite de oliva, os cítricos e o açafrão. Preferem o azeite de oliva à manteiga e à gordura de cordeiro largamente utilizada pelos árabes, turcos e bárbaros. Levaram para as cidades do Império Otomano e Norte da África o hábito de utilizar frutos secos, como as amêndoas e as avelãs, em seus doces ricos em ovos. Além das especiarias, fazem uso das essências de flores, como a água de rosas, usadas desde tempos bem remotos na Pérsia, e do iogurte.

 Cozinha com sabor de memória
Ainda que tenha havido tantas mudanças na vida dos judeus, tanto de origem ashkenazim como sepharadim e, ainda, que os alimentos consumidos sejam ditados pelo clima, estações do ano, disponibilidade do produto e o lugar aonde viviam, no caso daqueles que seguem o preceito da religião, a alimentação sempre seguirá os preceitos das Leis da Kashrut (leis dietéticas judaicas).
Os hábitos alimentares são como os genes em cada família, passando de uma geração para a outra. Por meio de pratos familiares, pode se definir a sua identidade geográfica e, nesse sentido, a cozinha judaica tem um sabor de memória, apesar de apátrida por séculos, por conta de ter sofrido o difícil caminho da diáspora, que obrigou a se fazer uso daquilo que se encontrasse disponível.
Foi uma cozinha que se desenvolveu por pessoas comuns, cozinhando para suas famílias, usando da improvisação, aonde quer que estivessem. Não se trata de cozinha criada por chefs, acostumados a dirigir grandes e famosas cozinhas de hotéis e restaurantes. Mesmo tendo raízes de mais de 5 mil anos, começou como comida rústica, feita em certas regiões, pelas mãos de camponeses sempre fiéis as Leis da Kashrut.
Apesar da difícil saga dos judeus, a cozinha judaica conseguiu preservar-se pelo esforço de mãos de mulheres judias, ashkenazim ou sepharadim que, para não perder sua identidade original, transmitiam de mães para filhas seus conhecimentos ricos em sabor, além do respeito às regras que regem os mandamentos, sobretudo aqueles cuja preocupação consiste em principalmente proteger a saúde, "tal qual mamãe costumava fazer".