A ministra da justiça da Alemanha, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger apresentou um projeto de lei federal na véspera do Iom Kipur, garantindo o direito à circuncisão ritual. Se aprovada, ela encerra a validade da decisão da Corte de Colônia que tornou o procedimento ilegal. Um movimento da Corte de Berlim, neste meio tempo, tentou criar um "padrão médico" para a circuncisão, excluindo a participação de um mohel sem formação em medicina. Infelizmente todas as matérias sobre o assunto afirmam que em todo o mundo os judeus "só praticam a circuncisão com mohel rabino religioso" o que não é verdade, sendo comum e frequente a nomeação como mohel do médico cirurgião formado, como vários no Brasil. A nova lei define que a circuncisão deverá ser feita com anestesia "se necessária" para garantir não produzir dor. Um dos itens diz que um médico deverá ser encarregado da circuncisão, mas que nos "primeiros seis meses de vida uma pessoa designada para a tarefa pela comunidade religiosa também terá permissão, se for comprovado que tal pessoa é tão competente quando um médico (para a circuncisão). " Dieter Graumann, presidente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha elogiou a nova proposta e espera que o debate da lei seja conduzido de foram justa. Note que a circuncisão ritual precisa ser regulamentada para a comunidade judaica (cerca de 150. 000 pessoas) e para a comunidade islâmica (4. 000. 000). Para os judeus a circuncisão é feita no oitavo dia de vida, para os muçulmanos os prazos podem variar, dependendo do ramo, até os 16 anos de idade. Especialistas em leis na Alemanha, afirmam que o debate será duro e longo, chegando à Corte Constitucional e até mesmo a Corte Europeia de Justiça. Ao contrário da decisão racista da Corte de Colônia que é sumária, imediata e não pode ser contestada, a iniciativa do governo alemão será atacada de todas as formas, pois não há interesse, por parte dos antissemitas, em regulamentar nada, mas em apenas proibir que o pacto de Abraão seja realizado por judeus e muçulmanos, violentando sua liberdade religiosa. (Foto de divulgação)
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