sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

" História da Palestina - Primeira Parte "



Para os que se interessam por história e em conhecer a verdadeira origem dos "Palestinos", resolvi escrever para vocês baseando-me em traduções do artigo: "A história e o significado da 'Palestina' e dos 'Palestinos', por Joseph Katz, renomado historiador e escritor americano. Vale a pena aprender um pouco sobre a verdadeira origem do Conflito Árabe-Israelense, até porque este conflito não é milenar como muitos afirmam, mas bem recente e repleto de interesses políticos. O artigo está dividido em DUAS partes. -
Por Joseph Katz
Tradução e adaptação por MZandona

"Não existe uma nação árabe chamada Palestina (...). Palestina é o nome que os romanos deram para o Eretz Israel com o intuito de enfurecer os judeus. Por que deveríamos usar o mesmo infeliz nome dado para nos humilhar? Os ingleses escolherem chamar a terra que eles controlavam de Palestina, e os árabes pegaram este nome como seu suposto nome milenar, apesar de nem sequer conseguirem pronunciá-lo corretamente. Eles transformaram a Palestina em 'Falastin', uma entidade ficcional."

Golda Meir

O QUE SIGNIFICA "PALESTINA"?


"Palestina" nunca foi o nome de uma nação ou estado. É na verdade um termo geográfico utilizado para designar uma região abandonada ao descaso desde o século II d.C. O nome em si deriva do termo "Peléshet", que aparece constantemente na Bíblia hebraica e foi traduzido como "Filístia" ou "Palestina". Os Filisteus eram um povo do mediterrâneo com origens na Ásia Menor e na Grécia. Eles chegaram à costa Israelense em várias caravanas. Um grupo chegou no período pré-patriarcal, estabelecendo-se em Beer Sheva, entrando em conflito com Abraão, Isaque e Ismael. Um outro grupo, vindo da ilha de Creta após uma frustrada tentativa de invasão do Egito (1194 a.C.), se estabeleceu na área costeira de Israel. Lá eles fundaram cinco assentamentos: Gaza, Ashkelon, Ashdod, Ekron e Gat. Posteriormente, durante o domínio dos Persas e Gregos, povos de outras ilhas do Mediterrâneo invadiram e destruíram os assentamentos filisteus. Desde os dias de Heródoto, os gregos chamam a costa leste do Mediterrâneo de "Síria Palestina".

Os filisteus não eram árabes nem ao menos semitas. Sua origem era grega. Eles não falavam árabe, nem nunca tiveram qualquer conexão étnica, lingüística ou histórica com a Arábia ou com os Árabes. O nome "Falastin" que os árabes usam atualmente para "Palestina", nem sequer é uma palavra árabe mas sim hebraica - Peleshet (raiz Pelesh), que significa divisor, invasor. O uso do termo "Palestino" para se referir a um grupo étnico árabe é uma criação política moderna, sem qualquer credibilidade acadêmica histórica.

COMO A TERRA DE ISRAEL VEIO A SE TORNAR "PALESTINA"?

No primeiro século d.C., os romanos destruíram o reino independente da Judéia. Após a revolta frustrada de Bar Korchba no segundo século, o imperador romano Adriano determinou a eliminação da identidade de Israel (também conhecido como Judá ou Judéia), visando destruir o vínculo milenar do povo judeu com a região.Assim, ele escolheu o nome "Palestina", impondo-o em toda a terra de Israel. Ao mesmo tempo, ele mudou o nome de Jerusalém para "Aélia Capitolina".

Os romanos mataram milhares de judeus e expulsaram ou venderam como escravos outras centenas de milhares. Muitos dos sobreviventes optaram por não abandonar a terra de Israel, e jamais houve um momento sequer na história da região sem que judeus e comunidades judaicas estivessem presentes, apesar das condições serem extremamente precárias e perigosas.

BREVE HISTÓRIA DA "PALESTINA"


Milhares de anos antes dos romanos criarem o termo "Palestina", a região era conhecida como Canaã. Os cananitas possuíam muitas cidades-estados, às vezes independentes às vezes vassalos de reis egípcios ou hititas. Os cananitas nunca se uniram para formar um estado. Após o Êxodo do Egito (provavelmente no sec. XV ou XIII a.C.), os filhos de Israel se estabeleceram na terra de Canaã.
 Ali formaram primeiramente uma confederação tribal e depois os reinos de Israel e Judá.
Desde os primórdios da história até os dias atuais, Israel (Judá ou Judéia) foi a única entidade independente e soberana que existiu ao oeste do rio Jordão (nos dias bíblicos, Amon, Moabe e Edom, bem como Israel, possuíram territórios ao leste do Jordão, mas estes desapareceram na antiguidade e nenhuma outra nação reivindicou a região, até os britânicos criarem o termo "Trans-Jordânia", nos anos 20).

Após a conquista romana da Judéia, a "Palestina" se tornou uma província do império romano e posteriormente do império cristão Bizantino (brevemente também foi conquistada pelo império zoroástrico persa). Em 638 d.C, um califa árabe muçulmano tomou a Palestina das mãos dos bizantinos e a anexou ao império árabe-muçulmano. Os árabes, que não tinham nem sequer um nome em árabe para a região, adoraram o nome dado pelos romanos, pronunciando-o 
como "Falastina", ou invés de "Palestina" (na língua árabe não há o som de "p").
Durante este período árabe, grande parte da população da região (composta por uma mistura de povos e tribos nômades de várias regiões ao redor) foi forçada a converter-se ao islamismo. Eles eram governados por um califa que reinava de sua capital (primeiramente em Damasco e depois em Bagdá). A região da Palestina nunca se tornou uma nação ou um estado independente, nem desenvolveu uma cultura ou sociedade distinta. Em 1099, cruzados cristãos da Europa conquistaram a "Palestina – Filistina". Após 1099, nunca a região esteve novamente sob domínio árabe. O reino estabelecido posteriormente pelos cruzados europeus era politicamente independente, mas nunca desenvolveu uma identidade nacional, servindo apenas como um posto militar da Europa Cristã por menos de 100 anos. Após este período, a Palestina foi anexada à Síria como uma província mameluca (etnicamente um povo fruto de uma mistura entre guerreiros e escravos cujo centro político encontrava-se no Egito), e posteriormente anexada ao Império Turco-Otomano, cuja a capital encontrava-se em Istambul.

Cruzados na Palestina, 1099, Chateau de Versailles, França

A PROMESSA DO "LAR JUDAICO NACIONAL" 

Viajantes do ocidente à região da Palestina deixaram registros do que viram no local. O tema presente em todos os relatos é DESCASO. Vejamos alguns testemunhos:

"A terra está desolada, vazia, negligenciada, abandonada, destinada à ruínas. Não há nada lá (Jerusalém) para ser visto, a não ser poucos vestígios da antiga muralha que ainda permanece. Todo o resto está coberto por musgo e mato". Peregrino inglês, 1590.

"A região está em situação deplorável, sem habitantes. Sua maior necessidade são pessoas!" Cônsul Britânico, 1857.

"Não há sequer uma vila em toda a extensão do vale chamado Jezreel, nem mesmo em um raio de 50Km. Viajamos quilômetros sem encontrar uma alma sequer. Nazaré está abandonada, Jericó é uma ruína que se desfaz; Belém e Betânia, na sua pobreza e humilhação, não é desejada por qualquer criação (...). Um país desolado cujo solo é bastante rico, mas é dado inteiramente a ervas inúteis (...) uma expansão silenciosa, pesarosa (...) uma desolação (...). Nunca vimos um ser humano durante todo o caminho. A Palestina encontra-se vestida em pano de saco e cinzas...".
Mark Twain, "The Innocents Abroad", 1867.
A restauração da terra "desolada" e "não desejada" começou na segunda metade do século XIX, com os primeiros pioneiros judeus. O trabalho realizado por estes pioneiros criou novas e melhores condições e oportunidades, o que acabou por atrair outros imigrantes de várias partes do Oriente Médio, tanto árabes quanto outros.

A Declaração Balfour, de 1917, confirmada pela Liga (ou Sociedade) das Nações, comprometeu o governo britânico aos princípios que "o governo de vossa majestade vê com favor o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional Judaico, e fará uso de seus melhores recursos para facilitar a materialização deste objeto (...)". Ficou então determinado o controle britânico sobre toda a região e que a área seria aberta à criação de assentamentos judaicos. Também determinou-se que os direitos de todos os seus habitantes (já residentes na região) seriam preservados e protegidos.

O Mandato Britânico na Palestina originalmente incluía tudo o que é hoje a Jordânia, bem como o que hoje é Israel e os territórios entre eles. No entanto, quando o "protégé" britânico Emir Abdullah foi forçado a abandonar seu domínio hashmaíta na Arábia, os britânicos criaram para ele uma região alternativa para seu reino, localizada ao leste do rio Jordão. Não havia nenhum nome árabe para a região, assim os ingleses a chamaram de "além do Jordão", ou "Trans-Jordânia"; posteriormente apenas "Jordânia".

Com esta manobra política, que violava todas as regras estipuladas pela Declaração Balfour e pelo Mandato Britânico, os ingleses retiraram 75% da região destinada a ser o "Lar dos Judeus", como havia declarado a rainha. Não foi permitido que nenhum judeu habitasse na região da Trans-Jordânia (ou Jordânia). Menos de 25% permaneceu da Palestina original do Mandato Britânico, destinado aos "assentamentos judaicos" prometidos pelos ingleses. Além disso, eles restringiram a imigração judaica na região e impuseram restrições quanto ao local onde os judeus poderiam trabalhar, viver, construir ou plantar. Na verdade, as regiões mais deploráveis da então Palestina britânica foram destinadas aos judeus, como os pântanos da Galiléia e as regiões infestadas de malária como Jafa e Tel-Aviv.

Somente após 1967, Israel finalmente conseguiu habitar em algumas das regiões prometidas pelos britânicos aos judeus. Apesar dos britânicos constantemente declararem como ilegais os assentamentos judaicos durante o Mandato Britânico, foram eles mesmos que agiram contrariamente à lei ao expulsarem os judeus da região já declarada "O Lar Judaico Nacional" pela Liga das Nações e pela rainha DA INGLATERRA

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

"Shemá Israel A-do-nai Elokenu A-do-nai Ehad."

SHEMÁ ISRAEL...


Foto Ilustrativa

A historiadora Yaffa Eliach conta que, após a Segunda Guerra, um judeu americano de nome Liberman decidiu resgatar o maior número de crianças judias que haviam sido escondidas em mosteiros e orfanatos durante o conflito. Foi à Europa, visitando mosteiro a mosteiro, orfanato a orfanato e, ao entrar em cada instituição, recitava o Shemá Israel. As crianças que reconheciam as palavras, eram judias.




Shemá Israel A-do-nai Elokenu A-do-nai Ehad.


Ouve Israel, A-do-nai é nosso D’us, A-do-nai é Um.Ouve, atentamente, ó Israel, preste atenção, abre totalmente sua percepção, silenciando completamente a mente, medite sobre o que estiver pronunciando, interiorize e absorva a mensagem de tal forma que se torne parte de sua própria essência... D’us é Um e é Único, e Ele é nosso D’us.

Este versículo que inicia uma das mais antigas e importantes orações do judaísmo, o Shemá, é nossa declaração de fé. Nesta é proclamada a própria essência do judaísmo, o que sempre diferenciou os judeus de outros povos: a crença na Unidade e Unicidade de D’us e a lealdade eterna de Israel para com seu D’us. Shemá Israel foi o que o patriarca Jacob ouviu dos filhos em seu leito de morte. Foram as palavras usadas por Moisés para se dirigir aos judeus em seu último discurso, no deserto.

O versículo resume o primeiro e o segundo mandamento do Decálogo; é a primeira oração que a mãe ensina a seu filho; são as últimas palavras pronunciadas por um judeu antes da morte. Presenciar durante a Neilá, ao término do Yom Kipur, um judeu recitar em voz alta, em uníssono com sua comunidade, o Shemá Israel, é uma experiência espiritual inigualável. Com as palavras do Shemá nos lábios, muitos judeus enfrentaram as fogueiras da Inquisição e as câmaras de gás durante a Segunda Guerra. Foram as últimas palavras de Rabi Akiva que, preso pelos romanos após a revolta de Bar Kochba, na Judéia, foi cruelmente torturado e executado em praça pública. Segundo o Talmud, ao pronunciar a palavra Ehad, Único, a alma de Rabi Akiva deixou seu corpo.

A força desse versículo é tamanha que, mesmo se um judeu estiver isolado e todos os traços de identidade judaica forem apagados, o Shemá não o abandonará, permanecendo na memória e o mantendo ciente de sua identidade como judeu. Ao ser evocado, uma "mágica" ocorre no subconsciente e o indivíduo se reaproxima de seu povo e de sua fé ancestral. O Midrash nos ensina que no Sinai, além dos dois milhões de hebreus que haviam saído do Egito, todas as almas judias, incluindo as futuras gerações, ouviram a Voz Divina declarar "Eu sou A-do-nai, seu D’us". Todas fizeram parte da aliança eterna entre D’us e Israel. Estes acontecimentos extraordinários estão gravados nas almas de toda Israel para a eternidade.

Apesar de o primeiro versículo (do primeiro parágrafo) ser o mais conhecido, aos nos referimos à oração do Shemá referimo-nos também aos dois parágrafos seguintes, também trechos da Torá. Os níveis de análise e entendimento do Shemá são difíceis de enumerar. Cada palavra, cada letra foram alvo de estudo e de reflexão, há milênios, e assim continua sendo. Mas considerando o seu objetivo mais simples, a oração implica afirmações fundamentais para o judaísmo: D’us existe, é Um e Único, não tem corpo, está além do tempo, e devemos dirigir nossas preces exclusivamente a Ele.

O Shemá nos ensina que devemos amar a D’us, reconhecer e aceitar Seu reino, Sua Suprema autoridade e Sua vontade. Exorta-nos, também, a estudar Sua palavra, a Torá, e a ensiná-la às futuras gerações. A oração nos revela que o judaísmo não é simplesmente uma visão conceitual do mundo, nem uma filosofia abstrata, mas implica obrigações éticas e morais, mandamentos que D’us nos ordena e, portanto, devem ser seguidos. A mezuzá, o tefilin – que contêm as palavras do Shemá – e os tsitsit são "sinais" físicos que servem como lembrete de nossa Aliança e de nossas responsabilidades.

A leitura do Shemá marca o início e o fim de cada dia. Quando perguntaram a rabi Levi por que o Shemá deve ser lido todos os dias, respondeu: "Porque os Dez Mandamentos nele estão contidos". A importância da leitura do Shemá pode ser avaliada pelo fato de rabi Yehuda Ha-Nassi iniciar o Talmud com as leis referentes ao Shemá. Ele mesmo, quando preocupado com seus estudos, cobria os olhos com a mão e, em silêncio, recitava o primeiro versículo (Berachot 13b).

A Torá ordena que o Shemá seja recitado duas vezes por dia e a tradição adicionou mais duas – uma antes do Shacharit (reza matinal), a outra à noite, antes de dormir. Segundo o Talmud, o Shemá tem o poder de afastar o mal. Nossos sábios recomendam que o Shemá seja lido "em qualquer língua que a pessoa entenda", pois é essencial que a mensagem seja compreendida. Para ajudar na concentração, ao recitar o primeiro versículo, cobrem-se os olhos com a mão, pois é a oração na qual existe a obrigatoriedade de kavaná – concentração, devoção interna.

O primeiro parágrafo – (Deuteronômio: 6:4-9):
Shemá Israel A-do-nai Elokenu A-do-nai Ehad.
Ouve ó Israel, A-do-nai é nosso D’us, A-do-nai é Um. (Deut. 6:4)
Nossa profissão de fé não se inicia com as palavras acredite ou veja, mas sim Shemá! Ouve e entenda Israel! "Israel" está dentro de cada um de nós; é a parte que almeja se aproximar do Divino transcendendo os limites de suas necessidades físicas. E é através desta oração que Israel conecta-se com o Divino.

Ouve atentamente Israel, D’us é Um e é Único. Às vezes, frente a uma variedade infinita de fenômenos naturais, os homens passam a acreditar em divindades múltiplas. Porém, no judaísmo, a diversidade reflete os atos de um único D’us cujas manifestações se dão de forma distinta, no mundo. Na Torá, os diferentes nomes Divinos servem para revelar Seus atributos, Seus atos e Sua relação com o homem.

O rabino Adin Steinsaltz escreveu sobre os nomes de D’us em seu livro A Rosa de Treze Pétalas: "O Sagrado tem muitos nomes, todos, no entanto, designam apenas diversos aspectos da manifestação Divina no mundo e em especial como são revelados aos seres humanos ". A Unidade Divina, revelada e proclamada no Sinai por todo Israel, é reafirmada a cada dia no Shemá. E é esta Unidade que une toda a criação. Ensina-nos que amor e justiça, vida e morte, alegria e tristeza, matéria e espírito, finito e infinito, tudo tem uma Única fonte – Yihud Hashem – a Unidade Divina.

Segundo o Zohar (1:18), neste primeiro versículo são mencionados três Nomes Divinos, que representam a unidade dos três poderes Divinos: amor misericordioso, justiça e beleza.

"Shemá Israel Y-H-V-H Elokenu". No texto da Torá, o primeiro Nome que aparece é o tetragrama à cuja pronúncia perdemos o direito após a queda do Segundo Templo. Na época do Templo, só era pronunciado pelo Cohen Gadol (Sumo Sacerdote), em Yom Kipur. Atualmente, é lido como se fosse escrito A-do-nai, quando usado liturgicamente. Em outras situações usa-se o termo HaShem (que significa literalmente O Nome). Na Torá, A-do-nai é o Nome de D’us utilizado quando Seus atos revelam o amor, a compaixão e a misericórdia que Ele mostra para com Suas criaturas. É o Nome usado em sua relação com os Filhos de Israel. Elokim (D’us), também usado, revela Seu aspecto de Justiça e Lei. Na invocação final, declaramos Y-H-V-H Ehad, ou seja, D’us é Único.

Israel como testemunha

No primeiro versículo do Shemá declaramos não somente em que acreditamos, mas por que acreditamos. No Sinai, Moisés convocou todo Israel para ouvir a proclamação da Unidade Divina. Após presenciar os eventos milagrosos do Êxodo e da Revelação do Sinai, não existia lugar para dúvidas entre os judeus, no deserto. As gerações vindouras passaram a depender do testemunho transmitido de pai para filho para que o legado fosse mantido vivo. Por isto, a afirmação da Unidade Divina não é individual. Cada judeu é visto como um elo na corrente da eternidade. Ao recitar o Shemá, passa a integrar Israel, torna-se parte da corrente milenar de fé e lealdade judaica em relação ao D’us de nossos pais. Testemunha perante toda Israel que D’us é Um, é o D’us de toda a humanidade e que ele é a testemunha viva desta verdade absoluta.

Este conceito de que o povo judeu é testemunha é tradicionalmente transmitido pelos escribas de forma especial: o ain na palavra Shemá e o dalet da palavra ehad tem um tamanho maior de que as outras letras que compõem o versículo e ao serem combinadas formam em hebraico a palavra hebraica ed, testemunha.

Servir a D’us

O primeiro parágrafo do Shemá expressa a submissão de Israel à soberania Divina e nos revela as formas pelas quais devemos servir a D’us. Segundo o Zohar, este primeiro parágrafo reflete inteiramente em nosso amor a D’us. Como este amor envolve cada judeu individualmente, está escrito em uma linguagem pessoal e só contém mandamentos positivos.

Devemos primeiramente amar a D’us com todo nosso coração, toda nossa alma e todas as nossas posses. Segundo o Maharal de Praga, o amor a D’us exige que nos devotemos a Ele totalmente, com cada parte de nosso ser e com toda a riqueza de nossa existência. Pois tudo aquilo que somos e temos devemos exclusivamente a Ele e à Sua Infinita bondade. Devemos estudar Sua palavra como se nos fosse dada "neste dia", para que "fique em nosso coração". É obrigação de todo judeu – pobre, rico, jovem ou velho – estudar a Torá para melhor aprender a conhecer D’us. E para que nossa herança não se perca, temos o dever de ensiná-la "diligentemente" a nossos filhos.

O primeiro parágrafo termina com D’us dando a nós, judeus, um "lembrete" da palavra Divina: o tefilin e a mezuzá. O tefilin, colocado todos os dias, com exceção do Shabat e dias de festa, consiste de duas partes – uma para a mão e a outra para a cabeça. Em seu interior, há rolos de pergaminho onde estão inscritas as palavras do Shemá. Segundo o rabino Raphael Hirsch, o tefilin é o símbolo da uma renovação diária do "pacto de amor " entre D’us e Israel, pois está escrito que tanto a cabeça como a mão, o corpo e a alma – tudo deve ser dedicado a este amor. A mezuzá, considerada a guardiã do lar judaico, tem o mesmo significado em relação à casa, à família e, por extensão, à comunidade.

Bendito seja... eternidade

Após o primeiro versículo, há uma frase inexistente no texto original da Torá, que é recitada desde a época talmúdica em voz baixa. Nossa tradição oral a atribui ao patriarca Jacob ou Israel, como passou a ser chamado. Ao ouvir seus filhos declarar o "Shemá Israel... Ehad", assegurando-lhe, em seu leito de morte, que a crença em um Único D’us não seria esquecida, ele respondeu: "Bendito seja o nome da glória... eternidade".

Segundo outra tradição, Moisés ouviu esta bênção dos anjos, no Monte Sinai, no momento em que recebeu a Torá e a trouxe para o povo de Israel. Porém, por ser uma oração dos anjos, é recitada em voz baixa, o ano inteiro. Apenas em Yom Kipur, quando Israel se assemelha a um anjo, esta frase é dita em voz alta.

Segundo parágrafo – Deuteronômio (11:13-21).
No segundo parágrafo, D’us fala a Israel como um todo, por isto é escrito na segunda pessoa do plural. E D’us ordena: "obedecer Meus preceitos" e servi-Lo "com todo vosso coração e vossa alma". Neste trecho está contida a promessa Divina de que se Israel O obedecer, não cometer idolatria e não se afastar da crença em um único D’us, será um povo feliz na terra que lhe fora prometida. Contém também o aviso das tristes conseqüências – adversidade e exílio – que se abaterão sobre o povo se este abandonasse os Mandamentos Divinos. Segundo o Zohar, tanto amor como justiça são os elementos fundamentais em nossa relação com D’us. No primeiro parágrafo do Shemá a ênfase é dada ao amor, enquanto no segundo, à Justiça Divina, especialmente no que diz respeito a Israel como um todo.
Neste parágrafo vemos que Israel como um todo é responsável pela manutenção e guarda de nossa herança, por isto a educação judaica não é apenas uma responsabilidade individual, mas também coletiva. É reiterada a obrigação do uso de tefilin e da mezuzá por serem símbolos da observância dos preceitos divinos.


Terceiro parágrafo – Números (15:37-41).
No Talmud, Rabi Shimon bar Yochai afirma que na oração do Shemá, o primeiro parágrafo estabelece a obrigação de estudar os mandamentos divinos, ensiná-los e cumpri-los; o segundo aponta nossa obrigação de ensinar e cumprir; e o terceiro se limita à obrigação de cumprir as mitzvot (Berachot 14b), para que nos tornemos "um povo santo".



Sempre no Talmud, o Rabi Yehuda Ben-Shiva aponta fatores que tornam esta terceira passagem muitíssimo importante. Nele está o mandamento do tsitsit, franjas brancas colocadas nos cantos de peças do vestuário masculino que tenham quatro pontas. Segundo o Zohar, isto simboliza o fato de D’us ser o Senhor dos quatro cantos do universo. O tsitsit pode ser usado todos os dias, inclusive no Shabat, e, ao vê-lo, o judeu lembra de todos os outros Mandamentos Divinos. Quando o judeu se envolve em um talit, é potencialmente tão sagrado aos olhos de D’us como se fosse um anjo (Targum Yonathan). Um Midrash compara o uso do tefilin e tsitsit a uma corda que o capitão do barco joga para alguém que está-se afogando no mar.



Em segundo lugar, neste parágrafo D’us reafirma que foi Ele quem nos tirou do Egito, tornando-nos Seu povo, e que Ele é nosso Único D’us. E esta é a verdade que deve guiar nossas vidas.



Conclusão



O rabino Norman Lamm encerra seu livro The Shemá Spirituality and Law in Judaism com uma passagem extraída do Tzeror ha-mor, do Rabi Abram Seba, que resume toda a importância desta oração. As palavras do Rabi Seba se tornam ainda mais pungentes se vistas como pano de fundo dos terríveis acontecimentos que os judeus tiveram que enfrentar após a expulsão da Península Ibérica, em 1492.



"A Torá considerou o futuro – o sofrimento e mal que seriam decretados contra Israel, forçando o povo judeu a abandonar sua religião e afastar-se do estudo da Torá. Foi isto o que aconteceu com a Expulsão de Portugal, quando era proibido orar em público e ensinar aos filhos as leis da Torá. Todos os livros e sinagogas foram destruídos, de modo que não fosse possível orar ou transmitir nossos ensinamentos a nossos filhos. Conseqüentemente, presumia-se que a Torá seria esquecida pelos judeus – como poderíamos ensinar nossos filhos sem livros nem professores?



Não nos deixaram nada para que lhes ensinássemos que o Senhor é Único, e que cada ser humano deve amá-Lo e estar pronto a morrer por Ele. Mas D’us deu a Israel, para estes tempos difíceis, este pequeno trecho do Shemá – o primeiro parágrafo – que contém a essência de toda a Torá. E se não pudessem conhecer o trecho inteiro (ou seja, os três parágrafos que compõem o Shemá), saberiam pelo menos o verso Shemá Israel... que contém a afirmação de fé na Unidade de D’us.



Assim, poderão ensinar este verso a seus filhos para que saibam que Ele é único e que Ele é o Todo-Poderoso. E se o inimigo vier para forçá-los a abandonarem seu D’us, aprenderão a oferecer suas vidas por D’us e a morrer por Ele. Este é o significado de amá-Lo ‘com todo o seu coração, toda a sua alma e toda a sua força’."



Ouve, Israel, A-do-nai é nosso D’us, A-do-nai é Um.
Bendito seja o nome da glória de Seu reino para toda a eternidade. (Em voz baixa)



Amarás a A-do-nai, teu D’us, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu poder (tuas posses). Estas palavras que hoje Eu te ordeno ficarão sobre teu coração. Inculca-las-ás diligentemente em teus filhos e falarás a respeito delas, estando em tua casa e andando por teu caminho, e ao te deitares e ao te levantares. Atá-las-ás como sinal sobre tua mão e serão por filactérios entre teus olhos. Escreve-las-ás nos umbrais de tua casa e em teus portões.



Acontecerá, se obedecerdes diligentemente Meus preceitos, que Eu vos ordeno neste dia, de amar a A-do-nai, vosso D’us, e servi-Lo com todo o vosso coração e com toda a vossa alma; então darei a chuva para vossa terra a seu tempo, a chuva precoce e a chuva tardia; colherás teu grão, teu mosto e teu azeite. Darei erva em teu campo para teu gado, e comerás e te saciarás. Guardai-vos para que vosso coração não seja seduzido e desvieis e sirvais outros deuses e vos prostreis diante deles. Pois então se inflamará contra vós a ira de A-do-nai, e Ele fechará os céus e não haverá chuva, e a terra não dará seu produto. Então perecereis rapidamente da boa Terra que A-do-nai vos dá. Portanto, colocai estas Minhas palavras sobre vosso coração e sobre vossa alma, e atá-las-eis como sinal sobre vossa mão e serão por filactérios entre vossos olhos. Ensiná-las-eis a vossos filhos, a falar a respeito delas, estando em tua casa e andando por teu caminho, e ao te deitares e ao te levantares. Escrevê-las-ás nos umbrais de tua casa e em teus portões. A fim de que se multipliquem vossos dias e os dias de vossos filhos na Terra que jurou A-do-nai a vossos antepassados dar-lhes por todo o tempo em que os Céus estiverem sobre a Terra.



Disse A-do-nai a Moshé o seguinte: "Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que façam para si franjas nos cantos de suas vestimentas, por todas suas gerações. Prenderão na franja de cada borda um cordão azul-celeste. Serão para vós por tsitsit e os olhareis e recordareis todos os preceitos de A-do-nai, e os cumprireis; e não seguireis atrás de vosso coração e atrás de vossos olhos, por meio dos quais vos desviareis. Para que vos lembreis e cumprais todos Meus mandamentos e sejais santos para vosso D’us. Sou A-do-nai, vosso D’us, que vos tirou da terra do Egito para ser vosso D’us. Eu, A-do-nai, sou vosso D’us. Eu, A-do-nai, sou vosso D’us. É verdade.



Extraído do livro Manual de Bênçãos. Editora Beit Chabad



Bibilografia:

Norman Lamm, The Shema, Spirituality and Law in Judaism
Rabbi Elie Munk, The Call of the Torah
Nissan Mindel, Minha Prece
Benjamin Blech, Understanding Judaism

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

“Um Povo com séculos de tradição”.


É claro que os judeus são uma minoria religiosa, que não excedem 20 milhões em todo o mundo. É impressionante como ainda mantem suas antigas tradições e sua influência sobre as crenças de outras religiões, tão importante quanto o Islã e o Cristianismo.

Com efeito, tanto o Alcorão como a Bíblia, deve muito ao judaísmo, as quais tem suas raízes no Judaísmo, alguns de seus livros e crenças. Juntas, as três religiões abraâmicas parte do chamado de reconhecê-lo como o grande patriarca Abraão, que adoravam um Deus de mais de 5000 anos atrás. Onde e como tudo começou? Os judeus de um povo semita que se identificou a falar a língua conhecido como hebreu. Abraão nasceu na famosa cidadede Ur, os sumérios, de onde ele fugiu para a terra de Canaã.

Após esta migração, os judeus começam a contar uma genealogia e são considerados descendentes dos descendentes de Abraão, cujo filho Isaac e seu neto Jacob. Ele também teve doze filhos, os fundadores das doze tribos, dos quais um era chamado Judas. Desde então, os judeus se tornaram conhecidos como judeus ou descendentes de Judá. Por sua vez, o termo foi aplicado a toda  Israel. Esclarecidas as condições da origem, é necessário compreender algumas das suas tradições,que partilha com outras religiões monoteístas.
A aliança que Deus fez com Abraão não foi cumprida até a chegada de Moisés, quando os judeus já estavam escravizados no Egito. Em Êxodo narra as aventuras de pessoas libertadas pela última das garras de Faraó, o projeto do Profeta para cumprir o seu mestre, a fim de conduzir seu povo à Terra Prometida em Canaã. Caminhou para isso, segundo a tradição, no Monte Sinai, Deus ordenou a Moisés muitos escritos e tradições que foram passados para o Povo, cerca de 600 leis para reger a vida quotidiana dos judeus, e acima de tudo: Os Dez Mandamentos ou Dez Mandamentos.
Então este Povo, foi chamado e escolhido acima de todos os outros, porque era o mais próximo e dedicado à adoração do único Deus verdadeiro em tempos de abundância tendências predominantemente mitológicos e politeístas. Mas,  então,criou uma espécie de sacerdócio na base da linha de Arão irmão de Moisés. No final chegou a Canaã e a decorrer dos séculos, a nação judaica prosperou, derrotando os vizinhos hostis e estabelecer uma linhagem e um reino. Entre os mais importantes soberano é David, que governou em torno de 1077 aC, e era descendente da tribo de Judá. A capital do reino de Israel, Jerusalém já era até então, e atingiu seu auge  durante o reinado do filho de Davi, chamado Salomão, que construiu um templo.Parece que Deus fez uma aliança com esta linhagem, que seria mantido sempre acima de todos os outros, para dar vida a um rei ungido, o Messias, que iria manter Israel e todas as nações sob um governador perfeito.
Profetas

Embora muitos judeus, especialmente os profetas como Isaías, Jeremias e Ezequiel, mostraram-se fiéis aos desígnios de Deus, ao mesmo tempo, advertiu que tomar o caminho da idolatria, as pessoas seriam punidos.
De fato, muitos judeus foram desviados de seus projetos originais do verdadeiro Deus. Mas isso não fique impune, porque, como ele falou de profecias, em 607 AC, sendo a causa da apostasia de Israel, Babilônia toma Jerusalém, depois de um cerco de 16 meses árduos, destruindo a cidade e tomando o cativeiro de todos os judeus. Após quase 70 anos de tormento, até que em 539 AC, a Pérsia derrotou Babilônia e do rei triunfante, Ciro, permitiu que o povo judeu retornar a sua terra e reconstruir o templo. Aqui, a mistura de culturas era evidente.
Alguns judeus estavam cansados de esperar pelo Messias, outros perderam a , e um punhado voltaram para Jerusalém, onde ele caiu no ceticismo. Enfim, sobre a Pérsia, os judeus levaram a sua religião e espalharam para várias partes do mundo e socializaram com outras pessoas. O início da propagação dos judeus é chamado de Diáspora.

Séculos mais tarde, quando os persas foram conquistados pelos gregos, os judeus não podiam evitar cair sob a influência dessa cultura conduzida por Alexandre. Ele ainda chegou a criar uma tradução grega das escrituras judaicas, chamada Septuaginta. Enfim, temos que reconhecer que um punhado de judeus ortodoxos mantiveram suas tradições antigas a resistir a qualquer influência cultural da época. Mas eles foram, pelo menos, até mesmo para os judeus estavam inclinados para a filosofia (o que representa um marco na história), como é o caso de eu Philo de Alexandria. Mas se Helen resultou em uma grande mistura com grande parte da comunidade judaica envolvidos, os romanos foram além de tudo. Segundo o autor judeu Max Dimont, durante o primeiro século dC, o judaísmo estava entre "o espírito da Grécia e da espada de Roma".

Dentro da comunidade já havia várias divisões, assim, por exemplo, os fariseus destacaram a Lei Oral, os saduceus deram importância ao templo e o sacerdócio, e, entre outros podemos citar os herodianos, zelotes, essênios, etc. As únicas pessoas que tenho grande admiração foram os rabinos e professores, os caracteres com profundo conhecimento das tradições judaicas e leis, que logo ganhou uma nova posição como líder espiritual. De qualquer forma, não conseguiu bater o declínio em que tinha mergulhado da nação.
Eles estavam cansados de esperar pelo Messias, e por outro lado, o cristianismo,uma nova religião que estava ganhando muitos adeptos, acusando-os de serem culpados de crucificar o Filho de Deus, o Messias dos judeus, que renegou.Obviamente, tal situação, juntamente com o domínio romano na Judéia arbitrária,levaram a uma rebelião em 70 dC, que terminou com a destruição da cidade e da destruição do templo. Os judeus, em seguida, dispersaram novamente. Além disso, os romanos foram proibidos de habitar a cidade de Jerusalém. Finalmente, com a destruição do templo foi também a Lei Oral, que tiveram de ser transcritos pelos rabinos. Adicionado comentários e comentários de feedback, que, juntos, mais tarde seria conhecido como o Talmude.
Judaísmo na Idade Média

O Talmude então pegou uma tendência legalista foi fortemente influenciado pela filosofia grega e, portanto, neste contexto, um pouco divididos e espalhados por todo o mundo, os judeus mantiveram o restante da antiguidade e, em seguida, entra a Idade Média. Nos mil anos que fazem esta etapa resultou em duas grandes comunidades judaicas: os Sefarditas, que cresceu na Espanha muçulmana, e os Asquenazitas, que foram localizados na Europa Central e Oriental. Logo, os filhos de  Israel ganhou grande prosperidade nos lugares onde se estabeleceram, e dedicou a grandes negócios, comércio e relações com a nobreza, fazendo parte de uma burguesia poderosa. Isto, apesar do fato de que os judeus respeitaram as legislações dos países que habitavam, e causou grande inveja do século XII, o anti-judaísmo, os chamados anti-semitismo, começou a se espalhar por todo o comprimento e largura da Europa (se é que antes não tinha sido dada). Nos países muçulmanos, judeus, pagando um imposto é guardado para executar o lote do que suas contrapartes no Velho Continente, como a Igreja Católica também condenou a repressão de muitos deles. Os reis e imperadores, usando como desculpa a usura, discriminaram os judeus até o ponto onde eram confinados a certos territórios, e assim nasceu o gueto. Especialmente em Portugal e Espanha, os judeus foram rejeitados e expulsos do território sem a pretensão de suas propriedades ou bens. Até o final do século XV, quase não havia judeus na Europa Ocidental, como tinha sido forçado a fugir para outros lugares menos hostis.


O Judaísmo nos tempos modernos e contemporâneos

Cansado de ser discriminado e perseguido por toda parte, e fiel às suas tradições, os judeus se fez de uma só vez e sobreviveu, agarrando-se, talvez irritado sobre as nações e grupos étnicos que viviam. Assim, os judeus começaram a planear reformas devem vir de si mesmos. Os dias são passados e no século XVIII, surgiuHasidism, algo como uma mistura de misticismo e religião, com base em uma devoção extrema. Além disso, valeu a pena a pronúncia do judeu Moses Mendelssohn, que sugeriu a seus colegas, que sua religião deve ser um pouco flexívele se adaptar ao mundo ocidental. Mas a Europa manteve-se anti-judaica, e por último mas não menos importante, enviou o ódio da América e outros continentes. Por exemplo, durante o século XIX, as perseguições contra a comunidade judaica naRússia são feitas diariamente. Parecia então que esta nação foi condenada apermanecer para sempre, sem um território.
No entanto, no final do século XIX, surgiu um grande movimento nacionalista judaica liderada porTheodor Herzl, chamado sionismo, que defendia uma terra para seu povo nada mais e nada menos do que onde estava localizado o antigo Israel, na Palestina.
Sionismo logo ganhou muitos seguidores, incluindo os não-judeus, como os Inglês, que buscavam uma terra para o povo escolhido para resolver. Após a Primeira Guerra Mundial, a área da Palestina foi ocupada pelos britânicos, e foi prometido aos árabes que o território se tornaria parte de uma regra nova e importante, que nunca foi cumprida. Com o Oriente Médio politicamente dividido, foi a Segunda Guerra Mundial, possivelmente dos piores episódios para os judeus na história, com quase seis milhões deles foram exterminados pelos nazistas nas câmaras de gás, sem contar a expropriação de suas riquezas e dano psicológico trazido a esta nação.

Após a destruição do Terceiro Reich, a questão de um Estado Judeu foi novamente debatida. Finalmente, três anos após o fim da guerra, em 1948, as Nações Unidas concordaram em estabelecer o Estado de Israel na região da Palestina, com a retirada britânica. Assim nasceu o novo país que passou mais de quatro guerras lutando para manter sua posição contra os seus vizinhos hostis muçulmano.
Atualmente, o conflito árabe-israelense  continua implacavelmente, em maior ou menor grau, e Finalmente, é necessário esclarecer que, embora a maioria dos judeus são sionistas no mundo ainda há muitos outros ramos, tais como os citados. Além de divisões dentro da mesma compreensão de seus costumes e crenças e Reforma do Judaísmo, do conservador, ou messiânicos. Este foi um breve resumo da história dos hebreus  os filhos de Israel.                        
(Traduzido do Espanhol para o Português).