Um rabino da cidade alemã de Hof, na Baviera, foi denunciado às autoridades por praticar circuncisão, dois meses depois de um tribunal de Colônia ter declarado que a circuncisão é equivalente a "danos corporais". A queixa foi apresentada por um médico, que não foi identificado, contra o rabi David Goldberg, de Hof, ao mesmo tempo em que a comunidade judaica contesta a decisão do tribunal de Colônia. Habitualmente, no caso dos judeus, a circuncisão é praticada ao oitavo dia de vida, e banir o ritual põe em risco o seu modo de vida e tradição. "Esta acusação é um ataque não apenas ao rabino, mas a toda a comunidade judaica", disseram em comunicado Marvin Hier e Abraham Cooper, dois responsáveis do Simon Wiesenthal Center, uma organização de defesa dos direitos dos judeus. Goldberg, por sua vez, disse que não praticou nenhuma circuncisão na Alemanha, onde vive há 20 anos, desde que foi anunciada a decisão do Tribunal de Colônia, ainda que tenha efetuado esse ato mais de 4.000 vezes ao longo da sua vida, dos quais garante que não resultaram complicações. Após a decisão do Tribunal de Colônia, o líder da Conferência de Rabinos Europeus, Pinchas Goldschmidt, considerou que uma proibição da circuncisão "tornaria a vida judaica na Alemanha praticamente impossível". E adiantou: "Se esta decisão se mantiver, não vejo futuro para os judeus na Alemanha". Na foto, memorial às vítmas no campo de concentração de Sachsenhausen.
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