Tem gente que de tanto ler e ouvir sobre Israel nos meios de comunicação, pensa que se trata de um país gigantesco, mas a verdade é que se trata de uma gota d'água no oceano. O país tem um território de apenas 20.500 km2, menor do que Sergipe, que é o menor Estado brasileiro, e uma população de 7,7 milhões de habitantes, dos quais 76% são israelitas, 20% árabes e 4% cristãos (na maioria) casados com israelitas. Em 1948, quando foi criado, a população de Israel era de apenas 806 mil habitantes, dos quais somente 35% nasceram no país; atualmente 72% são “nativos” (sabras).
Nenhum país democrático da Era Moderna obteve tantos desafios, contratempos e gastos desnecessários para a sua segurança e teve tantas conquistas como Israel. Nesses dias Israel comemora 63 anos de Independência e realizações que o beneficiaram e ao mundo. Desde a década de 50, Israel ficou notório pela sua agricultura sofisticada e sistema de irrigação, que dominaram o Deserto do Neguev (metade do país). O sistema de irrigação da Netafim ajuda o mundo todo a abastecer as populações com comida e está presente no Brasil também. A laranja Jaffa é de renome internacional e o pequeno tomate cereja foi elaborado e criado em laboratório em Israel. Neste país seco, os agricultores locais conseguem tirar de cada árvore da tâmara 200 kg anuais, em vez dos 20 kg que a tamareira comum produz. A vaca israelense com comida e tecnologia nacional é a que mais leite por vaca produz no mundo todo. Israel quase não tem minerais, mas mesmo assim é o maior lapidador de diamantes, principalmente de cortes finos, do mundo.
É o terceiro país com mais ações negociadas no NASDAQ, logo após os EUA e Canadá. É o terceiro também em desenvolvimento de Tecnologia, mas é o segundo per capita em registro de novas patentes na Europa, e é primeira do mundo em número de computadores per capita e número de museus. Os israelitas são chamados de o “Povo do Livro”, e isto é tão real que Israel está na segunda posição mundial em publicação de novos livros per capita. O conglomerado Teva é o maior fabricante mundial de remédios genéricos, e Israel é o quarto país em desenvolvimento de aparelhos medicinais, logo após os EEUU, Alemanha e Inglaterra. O telefone celular no que tanto gostamos de falar, foi desenvolvido nos laboratórios da Motorola em Israel. Todos os computadores têm chips da Intel; o Pentium e o Centrino foram inventados e desenvolvidos por cientistas israelenses e produzidos pela Intel em Israel. É lá que a Microsoft tem o único laboratório fora dos EUA, e é na Terra Santa que foram desenvolvidos na maioria os projetos do Windows NT e Windows XP. O primeiro firewall (protetor contra vírus) introduzido nos computadores foi da israelense Checkpoint, de jovens israelenses que se especializaram no exército e o introduziram mundo a fora. Em 95% das casas em Israel há água quente gerada por coletores solares de energia, instalados nos tetos das residências. É ecológico e barato. O tradudor da internet, Babylon, é outra invenção israelense, bem como o VoIP, que permite conversar através do computador. Se você quer guardar dados do computador, na certa você o faz com um ‘disk on key’ produzido por Dov Moran (não é parente), que atualmente tem muitos imitadores. Israel é uma potência na indústria bélica, em mísseis, aviões não tripulados e até em satélites espiões que lançou ao espaço. A israelense Ishkar, que tem fábricas em alguns países, foi comprada (80%) pelo bilionário americano Warren Buffet, que só tem elogios à indústria e à boa cabeça dos israelenses.
Israel é pequeno, mas já teve diversos prêmios "Nobel", nove até aqui, em diversas áreas. No esporte não brilha tanto, mas o Macabi Tel Aviv conquistou o vice-campeonato de basquete europeu. Da força de trabalho israelense, 24% possuem título universitário, perdendo só para os EUA e Holanda. Tel Aviv foi escolhida como a melhor cidade para jovens em toda a... Europa! Em 20 de julho de 2008, o renomado Henri Alford, do “New York Times”, escreveu sobre a “cidade espetacular que descobri no fim do mundo (a 60 km de Jerusalém, considerada o “centro do mundo”)... os jovens são bonitos em níveis inimagináveis... excelente comida... jovens inteligentes. Antes mesmo dos americanos terem celular, os bebês de Tel-Aviv já os tinham”.
A língua bíblica, o Hebraico, é a única língua morta que renasceu, há cerca de 110 anos. O israelense lê e aprende a Bíblia na sua língua original e caminha e vive na sua região geográfica. Nenhum outro país do mundo colheu e integrou a sua sociedade imigrantes de mais de 120 países, incluindo centenas de milhares de refugiados judeus de países árabes, que de lá foram expulsos logo depois da declaração de independência do Estado Judeu. Mas mesmo hoje, depois de 63 anos de Independência, o mundo não reconhece Jerusalém como sua capital (nem mesmo a parte ocidental, que era de Israel ainda antes da Guerra de 1967), apesar de sê-lo desde os tempos do rei David da Bíblia. Esse mesmo mundo já antecipadamente reconhece Jerusalém como capital de um país que nem existe - a Palestina. Israel nunca foi eleita como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU ou mesmo da Comissão dos Direitos Humanos, mas a Líbia, Síria, Líbano, Egito e outros paises árabes já o foram. Israel é o único país do mundo que mesmo depois de 63 anos de independência ainda continua lutando por sua sobrevivência e, apesar de todas as adversidades, é a antítese de tudo que acontece ao seu redor. É uma ilha de sanidade, é uma democracia e é uma potência econômica para um país do seu tamanho. Nestes dias se nota mais esses fatos, quando tudo à sua volta está turbulento, com guerras e revoltas, e nada de democracia. Seu único desejo de alcançar a tão almejada paz (shalom), que asseguraria vida melhor a Israel e seus vizinhos, ainda não foi concretizado, mesmo depois de 63 anos. Só resta a esperança (“Hatikva”, seu hino nacional) de que este feito também seja alcançado e o mais rapidamente possível.
(FONTE JORNAL ALEF - DAVID MORAN).
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