JERUSALÉM - O acordo de troca de 1.027 prisioneiros palestinos pelo cabo israelense Gilad Shalit, firmado entre Israel e o Hamas, tem um cronograma cuja implementação começa na semana que vem. Shalit deve ser solto entre terça e quarta-feira, enquanto 450 prisioneiros árabes deixarão as cadeias israelenses. O restante dos palestinos seria libertado em uma segunda leva, dentro de até dois meses.
O serviço penitenciário de Israel divulgará no domingo uma lista de 450 nomes de presos que serão soltos na primeira fase da troca. A leiisraelense prevê que qualquer libertação de detentos tem de ser anunciada com 48 horas de antecedência. Na terça ou quarta-feira, Shalit deve cruzar a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito. Ao lado da Alemanha, o governo egípcio foi um dos mediadores do pacto entre israelenses e líderes do Hamas, que conduziram secretamente as negociações no Cairo.
O cabo israelense foi capturado em 2006, quando tinha 19 anos, e mantido incomunicável desde então. Durante o cativeiro, o Hamas divulgou uma carta e um vídeo de Shalit. Ontem, os pais de Shalit, Noam e Aviva, desmontaram a tenda sob a qual há meses acampavam, diante da residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Sem falar com a imprensa, foram para sua casa, no norte de Israel. Sem líderes históricos
Na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém, milhares de famílias palestinas aguardavam a divulgação da primeira lista dos presos a serem libertados. “Ficaremos cautelosos até o fim. Israel pode recuar a qualquermomento”, disse Mohamed Salama, cujo irmão está preso em território israelense, acusado de ter sido o mentor de um ataque que matou 70 civis, em 1996. A lista de prisioneiros não inclui líderes históricos da causa palestina, como Marwan Barghuti, um dos mais populares integrantes do Fatah, e Ahmed Saadat, secretário-geral do grupo marxista Front Popular pela Libertação da Palestina (FPLP)
Com Reuters e Efe
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