sábado, 30 de outubro de 2010

" Chanucá OU Hanucá " (חנכה Hanukkah Hanukkah חנוכה)


Chanucá OU Hanucá (חנכה Hanukkah Hanukkah חנוכה UO) e UMA festa judaica, also conhecido Como o Festival das Luzes. "Chanucá e UMA Palavra Hebraica Que Significa" ou "Dedicação inauguração." A Primeira Noite de Chanucá COMECA epidêmico o Pôr-do-sol do 24 º dia do MÊS Judaico de Kislev eA festa e comemorada Por Oito Dias. UMa Vez Que Na Tradição judaica o dia do Calendário não COMECA Pôr-do-sol, o Chanucá COMECA não dia 25 º.
ESSE Feriado marca uma Derrota das Forças selêucidas Que tentaram Proibir Israel de praticar o judaísmo. Judas Macabeu e SEUS Forças Irmãos destruíram surpreendentes, e rededicaram o Templo. O festival de Oito Dias e marcado Pelo acendimento de Luzes Menorá COM UMA especial, tradicionalmente conhecida Entre uma maioria dos Sefaradim Como chanucá, e Entre muitos Sefaradim dos Balcãs e não Hebraico Moderno Como UMA hanukiá.
A História de Chanucá e preservada nsa Livros de Macabeus 1 e 2 Macabeus. Sos Livros nao São Parte da Bíblia Hebraica, MAS São Parte do material Religioso e histórico deuterocanônico da Septuaginta; ESSE FOI material nao Codificado Mais Tarde "judeus" Pelos Como Parte da Bíblia, MAS FOI Codificado Pelos Católicos e Igrejas Ortodoxas. UMa outra, tardia Provavelmente, o Fonte e Megillat Antiokhos - Um Texto Escrito Pelos proprios Macabeus Por Saadia Gaon, e Mais provavelmente Escrito Por Volta do UO Segundo Primeiro Século dC
Hannukkah-festa judaica das luzes
Chanucá (em hebraico: חנוכה, IPA:. [Χanuka '], alt Chanucá), também conhecido como o Festival das Luzes, é um feriado de oito dias judaica que comemora a reinauguração do Segundo Templo de Jerusalém na época da revolta dos Macabeus do 2 º século aC. Hanukkah é observado durante oito noites, a partir do dia 25 de Kislev de acordo com o calendário hebraico, e pode ocorrer no final de novembro e dezembro atrasados no calendário gregoriano.
O festival é observado pelo acendimento das luzes de um candelabro especial, o Menorah ou Hanukiah, uma luz em cada noite do feriado, progredindo para as oito da noite final. Uma luz extra chamado de Shamash, (em hebraico: "guarda" ou "servo") também é iluminada a cada noite, e é dada uma posição distinta, normalmente maior ou menor do que os outros. O objectivo da luz extra é aderir à proibição, especificados no Talmud (Shabat 21b Tracate-23a), contra o uso das luzes de Hanukkah para outra coisa senão a divulgação e meditando sobre a história do Hanukkah. (O shamash é usada para acender as luzes do outro.)
Hanukkah é mencionada nos livros deuterocanônicos de 1 Macabeus e 2 Macabeus. 1 Macabeus afirma: "Por oito dias eles celebraram a rededicação do altar Então Judá e seus irmãos e toda a congregação de Israel decretou que o dia da reinauguração ... deve ser observada a cada ano ... ... por oito. dias. (1 Mac.4 :56-59) "De acordo com a 2 Macabeus", os judeus celebravam alegremente durante oito dias, na festa dos Tabernáculos. "

sábado, 23 de outubro de 2010

" Comida Kosher "


Comida Kosher

A comida kosher, do termo hebraico כשר (kashér), que significa "próprio" (neste caso, próprio para consumo pelos judeus, de acordo com a lei judaica).

A comida que não estiver de acordo com a lei judaica é chamada de treif ou treyf (em iídiche: טרייף, do hebraico |טְרֵפָה, transl. trēfáh). Num sentido mais técnico, treif significa "rasgado", e se refere à carne que veio de qualquer animal que contenha algum defeito que o torne impróprio para o abatimento. Um animal que tenha morrido por qualquer meio que não o sacrifício ritual é chamado de neveila, que significa literalmente "coisa suja".

Muitas de estas leis básicas derivaram de dois livros da Torá, o Levítico e o Deuteronômio, com a adição dos detalhes estabelecidos pela lei oral (a Mishná e o Talmude) e codificadas pelo Shulkhan Arukh e pelas autoridades rabínicas posteriores. A Torá não afirma explicitamente o motivo da maioria destas leis, e diversas razões foram apresentadas, desde filosóficas e ritualísticas, até práticas e higiênicas.

Por extensão, a palavra kosher passou a significar "legítimo", "aceitável", "genuíno" ou "autêntico", num sentido mais amplo.

O islamismo também tem um sistema relacionado, embora diferente, chamado de halal, e os dois possuem um sistema comparável de sacrifício ritual (shechita no judaísmo e dhabihah no islã).

Entre os alimentos taref ou treif podemos citar: carne de porco, camarão, lagosta, todos os frutos do mar, peixes que não possuem escamas, carne com sangue, e qualquer alimento que misture carne e outros produtos de origem animal como ovos e leite ou derivados. Um judeu ortodoxo não consome queijo ate 6 horas depois de comer carne, por exemplo, visto que este é preparado com leite.




 O U no círculo indica que este produto é certificado como kosher pela União Ortodoxa (OU). A palavra "pareve" indica que este produto não contém leite, carne ou seus derivados. Para se identificar um produto kosher são usados símbolos de certificação acompanhados por letras ou palavras para indicar a categoria do produto, de acordo com a lei religiosa judaica. A certificação mais utilizada é a feita pela União Ortodoxa (OU), dos EUA. Mas além dela existem outras várias organizações que se encarregam disso.

Os produtos certificados pela OU são identificados com um U dentro de um círculo acompanhado de uma das letras ou palavra abaixo:

D: Do inglês Dairy, que significa Laticínios
M: Do ingês Meat, que significa Carne, incluindo aves
Pareve: Comida que não possui derivados tanto de leite quanto de carne
Fish: Peixe
P: Permitido para Pessach (P não é usado para Pareve)

No Brasil os produtos não adotam classificação, mas a maioria dos produtos kosher vendidos no Brasil adotam a classificação da OU porque são provenientes principalmente dos EUA e de Israel.


"Comida Kasher ou Kosher"


O que é comida kasher?
É o alimento judaico preparado de acordo com a Torá, o livro sagrado dos judeus. Kasher (ou kosher) em hebraico quer dizer “permitido”, “próprio” ou “bom”. As leis judaicas só permitem o consumo de carne de animais ruminantes e com casco fendido (partido), considerados mais limpos. Por isso, os judeus não comem carne de porco, que não são ruminantes. Com relação aos peixes, estão liberados aqueles que têm escamas e barbatanas, pois ao contrário de outros animais marinhos, como camarões, polvos e lulas, não se alimentam de detritos e restos de animais encontrados no fundo do mar. Quanto às aves, a proibição recai sobre as de rapina, já que elas se alimentam de restos de outros bichos. Os animais considerados puros devem ser mortos em um ritual cheio de regras. Não é permitido que sofram antes de morrer e, depois de abatidos, seu sangue deve ser completamente drenado. Os alimentos kasher, cuja fundamentação pode ser vista em O Livro Judaico dos Porquês (Sefer) ou no sitewww.pletz.com.br, custam mais do que os convencionais e precisam da aprovação de um rabino para serem vendidos, normalmente em casas especializadas e em alguns supermercados. “A comida kasher é sempre identificada com um selo de qualidade e existe um rígido controle sobre seu processo de produção”, afirma o rabino Motl Malowany, da Sinagoga Knesset Israel, de São Paulo.

"JUDEUS NOS ESTADOS UNIDOS"


Os primeiros judeus a chegar aos Estados Unidos com objetivo de fincar raízes e criar uma comunidade vieram em 1654, num grupo de 23 judeus. Vale lembrar que estes não foram os primeiros judeus a chegar, mas sim os que vieram com o intuito de formar família e criar raízes ali. 

    O navio com 23 judeus atracou em Manhattan. O navio vinha de Recife (Brasil) de onde eles haviam sido expulsos pelas tropas portuguesas que acabavam de reconquistar Pernambuco (os judeus preferiram acompanhar os Holandeses a ter que viver sob o domínio da Inquisição, além disso, os engenhos já não proporcionavam a mesma riqueza de antes, o que pode ter contribuído para os Holandeses se renderem). Apesar de Nova Amsterdã estar sob domínio holandês e a Holanda ser um país reconhecido por sua tolerância religiosa, os judeus foram recebidos com hostilidade por conseqüência de medidas do governador local que logo acabaram devido à pressão dos influentes holandeses lá residentes. 

    Em 1655 foi fundada a primeira congregação judaica dos EUA em Nova York (a região passou a ter esse nome depois da invasão inglesa na região). Inicialmente chamada de Congregação Shearith Jacob e, posteriormente, Shearith Israel, tinha entre seus fundadores um dos 23 primeiros residentes judeus. Neste mesmo ano o governo autorizou aos judeus a compra de terras para a criação de um cemitério judaico 

    Alguns anos após o início da comunidade de Nova Amsterdã, um grupo de judeus chegou à colônia puritana de Massachusetts, na qual foram mais bem recebidos. A mesma tolerância puritana acolheu em Connecticut um grupo de judeus venezianos. Mas era em Rhode Island que vivia a maior comunidade judaica da época, pois lá idéia de liberdade de culto havia sido um fator essencial na fundação da colônia. Na futura Pensilvânia (estado), os judeus da Filadélfia (cidade), além de serem bem recebidos, ganharam todos os direitos civis rapidamente. Na parte sul do país os judeus também foram bem vindos e estabeleceram suas colônias rapidamente. No período colonial foram construídas cinco sinagogas nos EUA: Nova York, Filadélfia, Savannah, Charlestone, e Newport. 

    Uma das características marcantes que moldaram a formação da sociedade norte-americana foi o fato de a população que veio inicialmente para povoar as colônias estar fugindo de perseguição religiosa na Inglaterra ou na França. A imigração tinha como base fundamental a procura de um lugar no qual as pessoas pudessem criar uma nova sociedade e professar abertamente.a.sua.fé. 

    Um dos fatos que pode ser levado em conta para o próspero desenvolvimento da comunidade judaica nos EUA é o de que quando os judeus começaram a chegar a nação ainda era pequena, em desenvolvimento e ninguém podia clamar por raízes maiores do que a de outro povo. O judaísmo passou a ser visto como mais uma religião e os judeus como um povo que tentava sobreviver em um novo mundo longe das perseguições européias. Porém, mesmo nas colônias onde os judeus eram bem vindos, não tinham total igualdade civil, sendo impedidos de exercer determinadas funções, como ser membros de júris e disputar cargos eletivos. É importante lembrar que as restrições a certos direitos não se limitavam à minoria judaica. Os católicos também não tinham esses mesmos direitos, pois a população dos EUA era e ainda é, em sua maioria, protestante. 
 Os anos foram passando e os judeus estavam determinados a conquistar cada direito civil que não tinham, tentando provar a todos que poderiam ser úteis naquele país. A maioria dos argumentos apresentados ressaltava sua experiência no comércio, suas redes familiares e contatos.espalhados.pelo.mundo. 

    Até 1700 havia entre 200 e 300 judeus nas colônias sendo a maioria deste sefaraditas. Assim como em muitos lugares onde se estabeleceram, os judeus na América Colonial eram ativos no comércio. Sua vivência, cultura e contatos no exterior lhes permitiram ter importante papel na navegação costeira e no comércio ultramarino. Apesar do grande envolvimento nessa atividade, havia também entre eles lojistas e artesãos, vendedores de alimentos etc. Havia poucos judeus agricultores e poucos eram ricos. Já judeus mais pobres durante o período pré-independência eram de origem ashquenazita, vindos do norte e do centro da Europa. Em 1720, a comunidade começou a receber mais judeus vindos da Alemanha e Polônia. 

    Quando as colônias declararam sua independência da Inglaterra, no dia 4 de julho de 1776, havia aproximadamente 2.500 judeus em meio ao total de 2 milhões 500 mil habitantes nas colônias. Em maio de 1776, atendendo a um apelo do Congresso Continental, os membros de todas as congregações reuniram-se nas sinagogas para um dia de jejum e preces. Durante a Revolução Americana, além de participar ativamente nos combates militares, apoiaram econômica e financeiramente a causa revolucionária. No dia 15 de setembro de 1776, as tropas.britânicas.ocuparam.NovaYork. 

    Para não viver sob domínio da Coroa inglesa, líderes comunitários e religiosos deixaram a cidade, instalando-se em Connecticut e na Filadélfia até que a região fosse desocupada. Mesmo durante a ocupação, a sinagoga foi preservada e os únicos registros de vandalismo foram a violação de dois Rolos de Torá por dois soldados ingleses. 

    Em 25 de novembro de 1783, as forças inglesas saíram de Nova York, sendo substituídas pelas tropas americanas. Um novo país estava nascendo e os judeus participaram ativamente de.sua.formação. 

    Um país baseado nos princípios de liberdade e igualdade para todos os cidadãos. Na Declaração de Independência do dia 4 de julho 1776, pela qual as treze colônias romperam seus laços com a Coroa Britânica os direitos civis a todos são realmente firmados. No entanto, a escravidão permaneceu e só foi abolida durante a guerra de Secessão, na metade do século XIX, devido a interesses econômicos dos estados do Norte, que eram mais ricos. Mesmo assim, a segregação racial continuou a existir e só foi extinta na década de 1960. Os judeus norte-americanos foram os primeiros, na história da diáspora, a serem iguais aos seus vizinhos não-judeus. 

    Depois da independência, no século XIX, veio uma onda de ashkenazim da Alemanha que trouxeram consigo a Haskalá, o iluminismo judaico. Foi nesta época que se estabeleceram o judaísmo reformista e o conservador nos Estados Unidos. À época da Guerra de Secessão, já havia 150.000 judeus no país. Aproximadamente 7.000 lutaram no lado dos Unionistas e 1.500 no dos Confederados. Muitos eram oficiais de seus exércitos – havia 9 generais e 21 coronéis judeus participando do conflito. 

    No fim do século XIX, uma nova onda migratória tomou forma. Vindos do Leste Europeu, muitos judeus fugiam dos pogroms e das péssimas condições de vida. A maioria vinha da Rússia e da Polônia; de áreas dentro do “Pale de Assentamento”. Entre 1881-1890, uma média de 20.000 destes imigrantes chegava no país. Em 1924, dois milhões de judeus já haviam se estabelecido nos EUA. No entanto, o crescimento do sentimento anti-imigração fez surgir um sistema de cotas de imigração que restringiu o fluxo de judeus, que direcionou-se, durante a época, para o Canadá. A comunidade judaica se opôs a essas medidas, mas elas vigoraram até 1965. 

    Em 1939, uma pesquisa de opinião pública levada a cabo pela agência Roper (http://www.fsmitha.com/h2/ch22.htm) descobriu que 39% dos americanos achava que os judeus deviam ser tratados como pessoas normais, que 53% acreditava que eles eram diferentes e deviam ser restringidos e que 10% acreditava que os judeus deviam ser deportados. Assim, o resgate da população judaica não foi uma prioridade para os EUA e os projetos-de-lei propostos para abrigar refugiados além da cota não foram aprovados. 50% dos judeus entre 18 e 40 anos serviu no exército americano durante a Segunda Guerra. 

    Mesmo assim, cerca de 100.000 judeus vieram fugindo da perseguição nazista, mas alguns foram impedidos de entrar devido às políticas de imigração. Logo após a Segunda Guerra Mundial, muitos judeus vieram de países árabes de onde tinham sido expulsos. 

    Após o fim da Guerra Fria, cerca de 150.000 judeus vieram da União Soviética. 

    No campo da política, os judeus sempre foram muito ativos. Em 2007, há 13 senadores judeus, de 100 membros do senado. Os judeus participaram ativamente dos movimentos pelos direitos civis, especialmente da mobilização liderada por Martin Luther King Jr, que foi acompanhada e apoiada por Abraham Joschua Heschel, um dos mais importantes rabinos do país. Durante a história, os judeus demonstraram uma forte inclinação para votar no partido Democrata, mesmo contra um candidato conservador de descendência judaica. 

    Apesar de algum anti-semitismo, por parte da Klu Klux Klan de alguns membros da Nação do Islã, além de algumas outras organizações e indivíduos, como Henry Ford e Ulysses S. Grant (estes dois mortos e a KKK banida e repudiada), os judeus se integraram à cultura americana e se tornaram parte importante dela. Muitos judeus deram contribuições inestimáveis a vários campos da vida, especialmente às artes, por sua ligação com Hollywood e com a Broadway, por exemplo e às ciências – 37% dos americanos que ganharam um prêmio.Nobel.noséculo.XX.eram.judeus. 

    Atualmente cerca de 6,4 milhões de judeus vivem nos Estados Unidos (a maior população judaica do mundo, concentrando mais judeus do que Israel), constituindo cerca de 2% dos 300 milhões de habitantes da nação. A maioria destes se concentra na área da Nova Inglaterra, de Nova York (maior concentração) da Flórida, da Califórnia e de Nevada. Existem muitas instituições com os mais diversos fins, mas é interessante saber que a segunda maior sinagoga do mundo é a congregação Emanu-El, em Nova York, que há, em todo país, 15 milhões de pessoas que comem kasher (a comida kasher é amplamente disponível no mercado norte-americano) e que estão presentes as tnuot: B’nai Brith, Betar, Bnei Akiva, Habonim Dror, além de algumas tnuot dirigidas pelas sinagogas.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"Sionismo"


Sionismo
Obtendo o seu nome de Sião (Sion, Zion) que é o nome de um monte nos arredores de Jerusalém, o Sionismo é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado Judaico, por isso sendo também chamado de nacionalismo judaico . Ele se desenvolveu a partir da segunda metade do século XIX, em especial entre os Judeus da Europa central e do leste europeu, sob pressão de pogroms e do anti-semitismo crônico destas regiões, mas também na Europa ocidental, em seguida ao choque causado pelo caso Dreyfus.
A escolha do lugar:
Alguns autores alegam que os judeus que viviam na Diáspora há muito aspiravam a retornar a Sião e à Terra de Israel,[1] o que é contestado.[2] Segundo alguns autores, a intenção de viver na Palestina até o início da Segunda Guerra Mundial seria algo distante das intenções reais dos judeus, estando presente apenas enquanto referência religiosa. Abraham Leon escreve ainda em 1942, "durante o tempo que o judaísmo ficou incorporado ao sistema feudal, o 'sonho de Sião' não foi precisamente mais que um sonho e não correspondia a nenhum interesse real (...). O taberneiro ou o 'granjeiro' judeu da Polônia do século XVI pensava em retornar a Palestina tanto quanto o milionário judeu da América de hoje."[3]
Em 1896, o livro "Der Judenstaat" ("O estado judaico") do austro-húngaro Theodor Herzl, um dos líderes do Movimento Sionista, foi traduzido para o inglês. Herzl pregava que o problema do anti-semitismo só seria resolvido quando os judeus dispersos pelo mundo pudessem reunir-se e estabalecer-se num Estado nacional independente.
Formalmente fundado em 1897, o sionismo era formado por uma variedade de opiniões sobre em que terra a nação judaica deveria ser fundada, sendo cogitado de início estabelecê-la no Chipre, na Argentina e até no Congo, entre outros locais julgados propícios.
A chamada diáspora judaica, ou seja, a dispersão dos judeus pelo mundo, foi o principal argumento de ordem religiosa a vindicar o estabelecimento da pátria judaica na Palestina.
A tese do retorno ao lugar de origem ganhou a grande maioria dos adeptos por ter forte apelo religioso, baseado na redenção do povo de Israel e na “terra prometida” . Por outro lado, outras correntes a consideravam uma compulsão retórica heróica e sentimental, e alguns até a reprovavam duramente, alegando que esta “redenção” teria de ser obra de Deus, não de ações políticas.
A partir de 1917 o movimento focou-se defínitivamente no estabelecimento de um estado na Palestina, a localização do antigo Reino de Israel.
Porém, quando o movimento sionista moderno se consolidou, no final do século XIX, a região da Palestina já estava cultural e etnicamente arabizada, ou seja, era habitada por uma população de esmagadora maioria árabe, lá enraizada por longa e consistente migração e assimilação iniciada por volta do ano de 650 e que perdurou e floresceu por mais de 400 anos, durante as dinastias árabes Omanida, Abássida e Fatímida e que, apesar de dominações posteriores, manteve suas principais características. Os judeus que habitavam a região formavam uma minoria.
Era portanto evidente que, para o estabelecimento de um estado judeu, os sionistas teriam de fazer uma grande alteração para mudar o equilíbrio étnico e demográfico da região, mesmo porque o projeto de um estado judaico padrão deveria basear-se em utopias religiosas e culturais bem próprias, exclusivas e definidas com os costumes e o idioma do povo judeu que habitavam o leste europeu, uma cultura totalmente estranha à pequena comunidade judaica local.
Observe-se que o objetivo primordial do sionismo, que era o estabelecimento de uma pátria judaica, sempre foi bem visto pelos organismos internacionais, tanto que a Liga das Nações (Mandato de 1922) como a ONU aprovaram desde logo os princípios básicos do sionismo, extensíveis aliás, a qualquer povo da terra. Esta simpatia aumentou, e muito, após a descoberta do genocídio dos judeus praticado pelos nazistas alemães durante a Segunda Guerra Mundial.
A mudança demográfica
Apesar de não haver evidência de qualquer interrupção da presença judaica na Palestina há mais de três milênios, é fato incontroverso o concurso de várias migrações substitutivas em massa, com a saída de judeus e a entrada de outros povos, notadamente árabes.
Na segunda metade do século XIX, havia, na região, comunidades judaicas remanescentes, quando se organizou a migração de retorno de judeus, notadamente de ideário socialista, que se propunham a reformar a região, estabelecendo-se nela imediatamente.
Assim Mikveh Israel foi fundada em 1870 através da Aliança Israelita Universal, seguida por Petah Tikva (1878), Rishon LeZion (1882) e outras comunidades agrícolas fundadas pelas sociedades Bilu e Hovevei Zion.
Em 1897, o Primeiro Congresso Sionista proclamou a decisão de restabelecer a antiga pátria judia em Eretz Yisrael. Naquele momento, a Palestina era parte do Império Turco Otomano. Esta decisão fez o sionismo diferente da maioria dos outros nacionalismos, porque seus proponentes reivindicavam para a etnia um território que, na sua maior parte, não era por eles habitada.
Grã-Bretanha expressou seu apoio ao sionismo com a Declaração de Balfour, de 1917. Na mesma época, instalou-se de facto o Mandato Britânico da Palestina, em consequência da perda dos territórios pelo Império Otomano, derrotado na Primeira Guerra Mundial. Nos anos seguintes, verificou-se um crescimento substancial na imigração de judeus, com grande aumento da população de origem judaica.
Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, na fase final do Mandato Britânico, já era flagrante a violência mútua e descontentamento entre árabes e judeus, agravada com a chegada de novas levas de imigrantes, oriundos das perseguições nazistas na Europa. Como solução para os conflitos, em 1947 a ONU propôs e foi aceito o Plano de Partilha da Palestina, que consistia na formação de dois estados - um judeu e outro árabe, concedendo 55% da terra para o estado judeu e o restante ao estado árabe. A representação judaica aceitou o plano, que foi no entanto rejeitado pelos países árabes.
No dia 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico da Palestina, já em meio a um estado de guerra civil entre árabes e judeus, foi declarada pela Agência Judaica a criação do Estado de Israel. No dia seguinte, teve início a chamada Guerra árabe-israelense de 1948, quando cinco estados árabes vizinhos (TransjordâniaLíbanoEgitoSíria eIraque) iniciaram movimentos de exércitos regulares para invadir a região e destruir o recém-criado estado judaico. Ao longo dos meses seguintes, os judeus alcançaram vitórias decisivas, aumentando seu domínio territorial na região, o que causou a fuga de cerca de 900 mil palestinos da áreas incorporadas, os quais se tornaram refugiados nos países vizinhos.
A esta guerra, seguiriam-se a Guerra de Suez (1956), a Guerra dos Seis Dias (1967), a Guerra do Yom Kippur (1973) e diversos outros conflitos.
Atualmente, EgitoJordânia e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), como representante dos palestinos - isto é, dos árabes que habitavam a Palestina à época do Mandato Britânico e que devem constituir o povo do futuro Estado árabe-palestino, previsto pelo Plano de Partilha - reconheceram o Estado de Israel. Esta não é, entretanto, a posição do LíbanoSíriaIraque e Arábia Saudita, nem do Hamas - organização política palestina majoritária na Autoridade Nacional Palestina desde as eleições de 2005 e que atualmente controla a Faixa de Gaza) - e nem tampouco da organização politítica xiita libanesa Hezbollah.
Apesar de tudo, ao longo dos sessenta anos da existência de Israel, o movimento sionista continuou a atuar no apoio ao fortalecimento do Estado e promovendo a integração de imigrantes judeus no país.
Pensadores sionistas
São conhecidos por esse nome personalidades que, com suas obras e artigos colaboraram com a estruturação do Sionismo como ideologia de formação de um Estado Judeu nos mais diferentes formatos. Além disso, os pensadores sionistas serviram (e servem) como eixo orientador das comunidades ao redor do mundo, e como referências para seus seguidores. Isso não descarta a importância de autores como Leon Pinsker, considerado um pré-sionista.
Alguns pensadores fundamentais para o conhecimento do sionismo-socialismo são Dov Ber Borochov e Aaron David Gordon. Ambos, porém, encontram em Moshe Hess uma origem da combinação de um estado judeu socialista.
Diversas correntes de pensamento são importantes para a compreensão do sionismo hoje. Achad Haam, por exemplo, foi o criador de uma visão peculiar do sionismo mas que é intimamente ligada aos dias atuais. Há ainda Rav Kook, com o sionismo religioso, e Jabotinsky, criador da União Mundial dos Sionistas Revisionistas.
Relativamente às criticas dirigidas ao Sionismo, de que seria um movimento de cunho racista, seus defensores defendem-se alegando que o Sionismo não é doutrinariamente unificado e coeso, possuindo diversas versões divergentes umas das outras. Além disso, alguns também discordam afirmando que palestinos e judeus não são racialmente distintos, e assim não se aplicaria o termo já que a discriminação não se funda na raça.
Referências
1.      Rosenzweig 1997, p. 1. "Zionism, the urge of the Jewish people to return to Palestine, is almost as ancient as the Jewish diaspora itself. Some Talmudic statements… Almost a millennium later, the poet and philosopher Yehuda HaleviIn the 19th century…"
2.      An invention called 'the Jewish people' - Haaretz - Israel News. www.haaretz.com. Página visitada em 2010-03-05.
3.      LEON, Abraham. apud WEINSTOCK, Nathan. El sionismo contra Israel: una historia critica del sionismo. Barcelona: Fontanella, 1970, p. 78.
Bibliografia
§  Rosenzweig, Rafael (1997), The Economic Consequences of Zionism, T Brill Academic, ISBN 9004091475