sábado, 17 de setembro de 2011

Aplicativo “Judeu ou não judeu?”, para iPhone, gera polêmica

Um aplicativo para iPhone chamado “Judeu ou não judeu?” gerou uma avalanche de críticas na França, o que levou a Apple a retirá-lo de sua loja virtual. O porta-voz da empresa, Tom Numayr, afirmou que ele"era contrário à lei francesa e não está mais disponível na Apple Store na França". O programa, desenvolvido pelo engenheiro britânico radicado na França Johann Levy, podia ser instalado nos celulares da fabricante por US$ 1 e permitia o acesso a uma lista de 3,5 mil celebridades de origem judia ou que adotaram a religião. O usuário do iPhone podia fazer a busca pelo nome ou "por categoria" (segundo as atividades profissionais), saber quem são os "judeus populares" ou ainda descobrir "por acaso" se uma pessoa é judia.
Diversas associações francesas ameaçaram entrar com ação contra a Apple. O Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França, a União dos Estudantes Judeus da França, a SOS Racismo e a Liga Internacional contra o Racismo e o Antissemitismo afirmaram que o aplicativo viola a legislação e é"perigoso", por listar personalidades unicamente pelo fato de serem judias. Segundo a lei penal francesa, o fato de conservar em memória informatizada, sem a autorização do interessado, dados sobre suas opiniões religiosas é passível de pena de cinco anos de prisão e 300 mil euros de multa. "Eu mesmo sou judeu. Só queria dar aos judeus um sentimento de orgulho ao descobrir que tal empresário ou personalidade também é judeu", tentou justificar o engenheiro que criou o aplicativo. "Não quero ir contra a lei, mas não entendo essa polêmica. Espero que haja uma discussão sadia, que discuta por qual motivo chamar alguém de judeu em 2011 tem uma conotação negativa". Apesar de ser católico, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, integrava o topo das buscas no aplicativo.

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