quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O ANTI-SEMITISMO HISTÓRICO

O ANTI-SEMITISMO HISTÓRICO
Livro: Recapitalando a Profecia

PRISIONEIROS JUDEUS NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE BUCHENWALD - 1938


À pergunta: "Por que ainda hoje a Europa é tão inimiga dos judeus?", o escritor israelense Ephraim Kishon respondeu:



Por que o mundo é tão pró-palestino? Por que ama os palestinos? Não, mas por ser contra os judeus. Eu disse a um amigo curdo que a revolta deles está fadada ao fracasso desde o princípio, porque eles não lutam contra os judeus. O anti-semitismo é uma doença atávica e patológica. (nai 11/99)


Isso significa que o anti-semitismo é "uma doença renitente, em contínuo desenvolvimento, impossível de ser controlada". Realmente, não houve nenhuma década do século 20 em que não tivessem acontecido manifestações e abusos mais ou menos intensos contra os judeus. A seguir apresentamos apenas alguns exemplos típicos do que aconteceu com os judeus durante a história:

. O anti-semitismo na história:
Após os dois levantes judeus de 70 e 135 d.C., sufocados pelos romanos da maneira mais brutal, tentou-se eliminar o nome da pátria judaica, mudando o de Jerusalém para "Aélia Capitolina" e transformando a Judéia em "Palestina Síria", para que não houvesse mais lembrança dos judeus. Por volta de 160 d.C., Justino, o Mártir, condenou os judeus como "filhos de meretrizes". Em 200 d.C., Tertuliano escreveu o primeiro manifesto cristão sistemático contra os judeus. Ele também já tinha passado a considerar a Igreja como sendo o verdadeiro e eterno Israel. Depois disso foram publicados muitos outros panfletos anti-judeus por Parte da Igreja. Em 250, Cipriano, um dos Pais da Igreja, escreveu: "O diabo é o pai dos judeus". Mais tarde, essa acusação passou a ser encontrada constantemente no anti-judaísmo cristão. Em 325, no Concílio de Nicéia – pela primeira vez em um concílio –, não foram convidados bispos judeus-cristãos. A festa da Páscoa foi transferida para o domingo após pessach (a páscoa judaica) com a justificativa: "Seria o cúmulo da falta de reverência seguirmos as tradições dos judeus nesta maior de todas as festas. Não devemos ter nada em comum com esse povo abominável".
Em 387 d.C. teve início a maior campanha de instigação cristã contra os judeus de que se tem notícia na Antiguidade – e ela foi patrocinada pelo Pai da Igreja João Crisóstomo, a partir de Antioquia (Síria). Ele disse, por exemplo, que a sinagoga era "lugar de blasfêmia, asilo do diabo e castelo de Satanás". Em 415, o bispo Agostinho de Hipona escreveu que os judeus carregam eternamente a culpa pela morte de Jesus. Em decorrência, o monge Barzauma instigou uma perseguição aos judeus em Israel, quando inúmeras sinagogas foram destruídas. Em 538 foi vetada a entrada de judeus nas guildas (associações de mutualidade formadas na Idade Média entre as corporações de operários, negociantes ou artistas), restando à maioria deles apenas a opção do comércio. Em 613 foi dado um ultimato a todos os judeus da Espanha: batismo ou desterro. Posteriormente, o Sínodo de Toledo ordenou que todos os judeus "renegados" fossem executados nas fogueiras da Inquisição.
Em 1021, Roma foi sacudida por um terremoto na Sexta-Feira da Paixão. Em conseqüência, judeus foram presos e acusados de terem furado uma hóstia com um prego. Eles foram torturados e queimados na fogueira. Em Paris, no ano de 1240, foram queimados publicamente por monges dominicanos todos os exemplares disponíveis do Talmude. Essa foi a primeira queima oficial de escritos judaicos pela igreja católica. Em 1348 a "peste negra" (peste bubônica) se alastrava pela Europa, dizimando um terço da população. Os judeus foram acusados de envenenar as fontes de água, causando a epidemia. O papa Clemente VI expediu uma bula em que declarava todos os judeus inocentes dessa acusação, mas não foi possível impedir que, em quase todas as localidades nas quais havia uma comunidade judaica, irrompessem "pogroms" matando inúmeros judeus. Em 1401 foram queimados vivos 48 judeus em Schaffhausen (Suíça). Em 1431 o Concílio de Basiléia determinou que os judeus tinham de viver separados dos cristãos. Desse modo surgiram em muitas cidades os bairros judeus, mais tarde chamados de "guetos".
. Martin Lutero contra os judeus:

Em 1523 Lutero escreveu que Jesus era "judeu de nascimento". Ele empenhou-se para que os judeus fossem tratados de maneira amistosa, para levá-los à conversão. Vinte anos depois, em 1543, decepcionado porque os judeus não se convertiam à fé evangélica, Lutero lançou seu manifesto anti-judaico "Sobre os Judeus e Suas Mentiras". Nesse livro ele propunha que as sinagogas deveriam ser queimadas. Pouco tempo mais tarde, o príncipe da Saxônia expediu um rigoroso mandato anti-judaico, tendo por base os escritos de Lutero.

. O pensador Voltaire contra os judeus:
Em 1756 o filósofo francês Voltaire lançou suas "Obras Completas", contendo uma série de violentas passagens anti-semitas. Em 1879 o alemão Wilhelm Marr fundou a Liga Anti-Semita; ele é considerado o criador da expressão "anti-semitismo". Em 1880 o "filósofo do anti-semitismo" Eugen Dühring publicou sua obra "A questão judaica como questão de raça, nociva à cultura e à existência dos povos". Ele escreveu: A origem do desprezo generalizado pelos judeus reside em sua absoluta inferioridade em todos as áreas intelectuais... Trata-se de uma raça inferior e degenerada. É tarefa dos povos nórdicos "arianos" exterminar raças parasitárias desse tipo, assim como costumamos exterminar cobras e outros predadores.. Escritor Richard Wagner contra os judeus: Em 1881 Richard Wagner publicou um ensaio onde recomendava o anti-semitismo político e classificava os judeus de "demônio causador da decadência da humanidade". Em 1903 eram publicados pela primeira vez, em São Petersburgo, os "Protocolos dos Sábios de Sião", profundamente anti-semitas. Os "Protocolos", escritos por anti-semitas cristãos, falam de uma conspiração mundial judaica para o domínio do mundo. Infelizmente, desde então houve e há muitos que sucumbiram às mentiras dos "Protocolos dos Sábios de Sião", dando-lhes mais crédito que às verdades bíblicas. Certa vez até recebi uma pregação gravada em fita atacando o judaísmo, na qual o pregador se baseava nos "Protocolos", vangloriando-se de tê-los em seu poder. Em 1905 foi fundada a "União do Povo Russo", de cunho anti-semita.. Perseguição e morte aos judeus: Em 1918 foram afogados no mar em Ialta 900 judeus pelas mãos de anti-semitas e em Sebastopol (Criméia) todos os líderes judeus foram assassinados. Em 1922 o ministro do Exterior da Alemanha, Walther Rathenau (o primeiro judeu a ocupar esse cargo), foi assassinado por anti-semitas. Mais tarde Hitler anunciava: "o extermínio dos judeus será minha prioridade ao assumir o poder. Eles não sabem proteger-se a si mesmos e ninguém vai apresentar-se como seu protetor". Em 1938 aconteceu a chamada "Noite dos Cristais" na Alemanha, quando 191 sinagogas e inúmeras instalações judaicas foram destruídas, 91 judeus foram assassinados e 30.000 arrastados para campos de concentração. Durante a Segunda Guerra Mundial foram mortos seis milhões de judeus. (Israel Heute). O anti-semitismo na atualidade: Deveríamos ter aprendido da história. Mas o contrário parece estar acontecendo. Em ritmo crescente ouvem-se novamente manifestações anti-semitas de políticos europeus. Na Rússia os judeus temem abusos anti-semitas e as pressões da União Européia e dos EUA sobre Israel aumentam. Isso sem considerar o comportamento das nações islâmicas contra o povo judeu.. O silêncio de Hillary Clinton: Quando Hillary Clinton, esposa do então presidente dos EUA, esteve em Israel, causou perplexidade o fato dela não ter reagido a uma manifestação anti-semita da esposa de Arafat, simplesmente ignorando suas palavras e prosseguindo com a programação. Suha Arafat tinha afirmado em uma entrevista coletiva: Israel envenena o ar e a água dos palestinos em Gaza, na Judéia e Samaria. Dessa forma os israelenses desencadearam câncer em muitas mulheres e crianças palestinas. Elas morreram dessa efermidade. Hillary Clinton não reagiu, levantou-se, abraçou Suha Arafat depois dela encerrar suas declarações, e fez o discurso que havia preparado. A senhora Clinton foi duramente criticada nos Estados Unidos e em Israel por não ter reagido a um ataque tão forte contra Israel. Em Israel as afirmações de Suha Arafat desencadearam uma onda de indignação. Muitos vêem nisso o retorno de uma acusação anti-semita por demais conhecida: os judeus envenenam os poços. (IN) Algumas semanas após o trágico acidente com um avião da "Egypt Air" em 31 de outubro de 1999, a imprensa egípcia, leal ao governo, não hesitou em lançar a culpa do acidente sobre Israel. (IN)

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