sexta-feira, 2 de setembro de 2011 14:47 BRT
JERUSALÉM (Reuters) - Israel vai trabalhar para reparar as relações com a Turquia, disse um alto funcionário israelense nesta sexta-feira, depois que o governo turco expulsou o embaixador de Israel e suspendeu acordos militares bilaterais, aprofundando os desentendimentos entre os dois ex-aliados.
A Turquia fez o anúncio um dia depois de um relatório da ONU dizer que Israel havia usado de força desmedida em uma incursão letal contra um navio turco que seguia para Gaza, no ano passado, mas confirmou a visão do governo israelense de que seu bloqueio naval contra o território palestino era legal.
"Israel reconhece a importância dos laços históricos no passado e presente entre os povos turco e judeu", disse um comunicado oficial israelense.
"O Estado de Israel espera que seja encontrado um meio de resolver a disputa e vai continuar a agir com essa finalidade."
Israel afirma ter recebido bem o relatório elaborado por um painel da ONU que examinou sua invasão do navio turco Mavi Marmara, o qual tentava romper o bloqueio a Gaza. Nove turcos morreram no ataque de comandos israelenses.
O chanceler turco disse nesta sexta-feira que seu país tomaria "as medidas que considera necessárias para a liberdade de navegação no leste do Mediterrâneo". Ele não deu detalhes e Israel instou a Turquia a não enviar embarcações a Gaza, governada pelo Hamas, um movimento palestino islâmico que está oficialmente comprometido com a destruição do Estado judaico.
"Israel assume que a Turquia vai respeitar a lei internacional no que se refere à navegação no Mediterrâneo", diz o comunicado israelense. O país reiterou lamentar a perda de vidas no Mavi Marmara e repetiu que não vai aceitar a exigência da Turquia de um pedido de desculpas.
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