terça-feira, 15 de novembro de 2011

Curitiba vai ganhar Museu do Holocausto


No dia 20 de novembro, a capital paranaense ganhará um Museu do Holocausto, o primeiro do Brasil dedicado ao tema - idealizado pelo empresário Miguel Krigsner. Ele ficará no Centro Israelita do Paraná, onde também foi inaugurada, em setembro, uma nova sinagoga. O espaço terá pouco mais de 300 metros quadrados. “Grande parte da comunidade de Curitiba é formada por sobreviventes do Holocausto ou seus descendentes. Conseguimos doações com eles e também entramos em contato com o Memorial de Auschwitz, na Polônia, e com museus pelo mundo”, conta a cientista política Denise Hasbani, que é professora de História Judaica e participou do desenvolvimento do projeto. Entre as doações constam fotos, uma carta enviada do Gueto de Varsóvia e dois objetos usados para identificar os judeus no período: uma estrela de tecido amarelo, que deveria ser pregada na roupa, e um passaporte carimbado com a letra “j”. Há também um jogo criado para ensinar às crianças do gueto de Terezín, na antiga Tchecoslováquia, como seriam suas vidas lá dentro sem os pais por perto.
Fora isso, um painel especial lembrará a “Noite dos Cristais”, em 1938, quando várias sinagogas e vitrines de lojas foram atacadas por nazistas, e judeus foram mortos ou enviados para campos de concentração. Junto ao painel haverá a reprodução de uma foto e fragmentos de um exemplar do livro sagrado do judaísmo, a Torá, queimado na fatídica noite. A Associação Casa de Cultura Beit Yaacov está à frente do projeto, e não esqueceu de mencionar alguns não judeus que tiveram papel importante durante o Holocausto: os chamados “justos entre as nações”. “Dois exemplos são Aracy Guimarães Rosa, que trabalhava na embaixada do Brasil na Alemanha, e o diplomata Luiz Dantas, na França. Ambos deram vistos para judeus fugirem para o Brasil, sem marcar os passaportes”, destaca Denise.
“Noite dos Cristais”

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