sábado, 5 de novembro de 2011

"Elas são um preço pequeno a se pagar para ser um ser humano novamente", afirma.

Um famoso ex-neonazista dos EUA, um dos fundadores do grupo de skinheads conhecido como “Vinlanders”, que comandava violentos movimentos de supremacia branca, se submeteu a uma série de cirurgias na face que apagaram suas tatuagens, muitas delas de cunho racista. Arrependido de suas antigas convicções, e com dois filhos, ele se mudou com a família para um lugar não divulgado e tentou reconstruir sua vida, mas as tatuagens eram um enorme empecilho para o convívio social e para arranjar emprego. Sua mulher, Julie, que também era uma destacada líder neonazista, diz que chegou a temer que o marido usasse ácido na própria face em desespero. Eles acabaram chegando a uma saída com uma ajuda improvável. Um grupo antirracistas que costuma divulgar o endereço de membros de gangues nazistas na Internet, o ajudou Widner a chegar ao Southern Poverty Law Center, organização que já processou diversos grupos de supremacia branca por preconceito nos EUA. A entidade conseguiu uma doadora anônima para patrocinar as 25 cirurgias, feitas ao longo de 16 meses. Elas tiveram um custo total de cerca de R$ 59,2 mil. Em contrapartida, Widner aceitou dar palestras em um evento anual da organização, que reúne policiais de todo o país, para discutir sobre contra-inteligência direcionada a ações de grupos skinhead. Widner sofre de constantes enxaquecas por conta das cirurgias, mas está longe de se arrepender. "Elas são um preço pequeno a se pagar para ser um ser humano novamente", afirma.
A evolução das cirurgias que removeram
as tatuagens do ex-nazista Bryon Widner

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