quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Judaísmo: Educação e continuidade





Como ter certeza de que meus filhos serão observantes?



Alguém precisa me fornecer uma resposta a esta pergunta: qual o segredo de criar filhos que se apegarão ao judaísmo? Por que alguns jovens passam por todo o sistema de yeshivot e depois decidem que não querem seguir este caminho? Não cresci dessa maneira – o que faço para assegurar que meus filhos não se rebelarão contra nosso estilo de vida?

RESPOSTA:


Faço idéia de sua preocupação, e seu desejo de assegurar que seus filhos seguirão uma vida dedicada à Torá. Desejo mostrar a você, porém, que querer cursar a universidade para ganhar decentemente a vida não significa necessariamente deixar o Judaísmo. Há muitos judeus maravilhosos, altamente engajados, que não são rabinos ou professores, e estudam diariamente, fazem caridade, abrem a casa para visitas e têm lares calorosos, judaicos, dos quais D’us e o povo judeu podem se orgulhar. 

Há muitos filhos de lares religiosos que deixam o Judaísmo para trás. Porém a questão na verdade é outra: como é possível que tantos filhos permaneçam observantes, apesar das tentações de um mundo inteiro?

Portanto precisamos criar os filhos com um alicerce firme, forte o suficiente para resistir ao mundo inteiro. Isso não é fácil, é bastante complicado; cada situação é diferente, e cada caso precisa ser tratado individualmente. Porém em termos de orientações gerais, aqui estão alguns pontos:

1 – Nunca, nunca, diga a um filho para fazer o que você não está fazendo – i.e., insistir para que rezem todos os dias quando você não o faz, proibi-los de assistir à TV enquanto você sai para ver um filme; dizer para nunca falarem mal de um amigo enquanto escutam você fofocar… “Faça o que eu digo, não o que eu faço” tem afastado muitos filhos… Seja um exemplo permanente.

2 – O Judaísmo é maravilhoso, lindo, elevado, o melhor produto no mercado. É muito bom ser um judeu religioso, praticante. O Shabat é único. A Torá reanima a alma, as mitsvot são libertadoras, a sabedoria dos mestres podem elevar e refiná-lo ao longo da vida. Um judeu pertence a um povo que mantém um vínculo eterno com o Criador do Universo. Os filhos devem estar expostos a declarações positivas e sentimentos sobre seu Judaísmo. Quantas vezes as pessoas dizem: “É difícil ser judeu”? As crianças escutam quando você reclama, quando faz observações negativas. Se uma criança escuta constantemente sobre as dificuldades e provações que seus pais enfrentam em seus conflitos com a prática religiosa, é de se admirar que decida procurar um estilo de vida mais fácil?

3 – Uma criança certamente precisa ser restringida do lixo que há lá fora no mundo; por outro lado, se for restringida demais, isso pode levar à rebelião. Então, como andar sobre esta divisão de águas, tão tênue, sem se afogar? 
É por isso que todo indivíduo deveria ter um mentor, alguém a quem se voltar em busca de orientação; um conselheiro. Isto é especialmente útil quando se trata de estabelecer orientações para um comportamento aceitável (tanto para os pais quanto para os filhos…)

4 – Conheça o seu filho. Uma criança musicalmente dotada deve ser encorajada a ir atrás de seu interesse, quem escreve bem deve escrever; a criança muito ativa deve ter uma maneira de expandir sua energia. A yeshivá que seria perfeita para a criança extrovertida e motivada poderia ser desastrosa para a criança tímida e sensível, e a rebelde pode precisar de uma yeshivá diferente das outras duas. Assim como todas as crianças são diferentes, suas necessidades emocionais e educativas também o são. Está em poder de professores e educadores atentos e experientes detectar e encaminhar estas necessidades e comprendê-las. Mas o mais fundamental: amando incondicionalmente a seus alunos.

FONTE: 

Nenhum comentário:

Postar um comentário