segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Poder Positivo dos Pensamentos Negativos


Por Rochel Holzkenner
 
Quanto você pagaria por um detector de cognição, um mecanismo que pudesse ler pensamentos? Quanto você pagaria para impedir seus amigos de terem um? Socializar não seria mais o mesmo se nossos pensamentos se tornassem transparentes.

Pense sobre aquela vez em que seu colega cumprimentou você pela impressionante apresentação que fez. “Ora, não acho que esteve melhor que o trabalho que você fez na semana passada,” e você respondeu: “Finalmente ele reconhece que meu trabalho é superior ao dele…” você pensa.

Ou sobre aquela vez em que seu vizinho chega de surpresa. “Que bom você ter vindo, estávamos falando justamente de você!” você diz com um abraço. “Que grosseria você vir sem avisar,” você pensa. “E o que está pensando sobre a limpeza da minha casa?”

Com frequência há uma disparidade entre as palavras que dizemos e os pensamentos que passam pela nossa cabeça. Como uma maçã brilhante que está com o miolo podre, projetamos uma imagem de humildade, gentileza e lealdade, enquanto nossos pensamentos interiores parecem surpreendentemente feios.

É desagradável ser assolado por um pensamento feio. Isso pode destruir nosso auto-respeito. Que tipo de pessoa teria pensamentos como esse? Que tipo de amigo eu sou para ser tão invejoso? Que integridade moral eu tenho se crio pensamentos pecaminosos? Que espécie de progresso eu tenho feito se ainda sou assolado por maus pensamentos?

Mesmo se escolhermos não agir sobre eles, apenas escutar nossos pensamentos defeituosos pode ser muito desmoralizador. Quem estou enganando com a minha cara de piedade quando o meu verdadeiro eu ainda é bastante grosseiro e motivado pelo prazer?

No Tanya, Rabi Shneur Zalman de Liadi (1745-1812), fundados do Chassidismo Chabad), lança um pouco de luz otimista sobre os pensamentos sombrios. Ele expõe uma conspiração desempenhada pelo nosso yetser hará (má inclinação).

O yetser hará joga sobre nós um pensamento ou um anseio que nos deixa pouco à vontade. Mesmo que jamais cheguemos a agir por aquele impulso, apenas sentir sua presença é constrangedor e deprimente. E é exatamente isso que o yetser hará deseja: que fiquemos constrangidos e deprimidos. Uma vez que nosso espírito está para baixo e a autoconfiança é diminuída, estamos prontos e vulneráveis para o verdadeiro ataque. Entender a estratégia do yetser hará deixa claro que sempre é contraprodutivo inspecionar um pensamento vergonhoso e ficar desapontado por causa dele.

A chave é simplesmente deixá-lo ir embora.


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