Existe a conversão intena no islã.
Por vários anos ficou no ar uma dificuldade de entender como é que o Hezbollah apoiado pelo Irã se estabeleceu no Sul do Líbano, área que era controlada pelos palestinos sunitas e cristãos, num país onde os xiitas eram uma pequena minoria. Também era difícil entender porque o Irã apoia o Hamas que aparenta ser composto por palestinos sunitas. E ficava mais difícil ainda entender o estabelecimento da Al-Qaeda sunita na Faixa de Gaza, tendo lançado alguns ataques contra o Hamas.
Um vídeo de 3 anos atrás que foi ao ar por TV árabe no Líbano mostra um importante sheik sunita de Tripoli "confessando" que 150 famílias, cerca de 800 libaneses, tinham acabado de se converter em xiitas apenas na cidade de Trípoli. Agora dá para entender. Ser xiita ou sunita, não é uma questão apenas de nascimento entre os muçulmanos.
A conversão dentro do Islã existe e é praticada.
O programa de TV ainda afirma (em 2009) que havia quatro conversões de palestinos para o lado xiita por dia "na Palestina". Isso provavelmente acelerou e é algo que não está sendo levado em conta ou dito nas análises sobre o Oriente Médio.
É essa avalanche de conversões, provavelmente incentivada, apoiada e patrocinada pelo Irã, que abriu sua posição e AFIRMOU que implantou o Hezbollah no Líbano e o apoia totalmente, bem como apoia o Hamas, que explica as multidões xiitas nos emirados do Golfo, no Yemen e até no Norte da África nas ações do "terremoto árabe."
Talvez depois de 1.400 anos apenas de guerra interna, os xiitas perceberam que podem exercer com mais facilidade a conversão dentro de sua religião e com isso inflar suas posições de forma legítima dentro dos países sunitas que se imaginavam alvos apenas de ataques militares externos e não de uma mudança religiosa dentro de sua sociedade com o cidadão de ontem sendo o inimigo do regime de hoje, tendo mudado apenas de clérigo que hora o insufla para um lado, hora para o outro.
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