segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Nobel israelense é primeira cientista de excelência a participar do Ciência Sem Fronteiras.


Ada Yonath e o Ministro Aloizio Mercadante

 
Nobel israelense é primeira cientista de excelência a participar do Ciência Sem Fronteiras.
A israelense Ada Yonath, Prêmio Nobel de Química em 2009, será a primeira cientista de excelência a fazer parte do programa Ciência Sem Fronteiras. A pesquisadora também será embaixadora do programa do governo federal em Israel. O convite foi feito pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloizio Mercadante, durante encontro com a nobel israelense em Brasília, na quarta-feira (17).
Ada Yonath foi reconhecida por pesquisas desenvolvidas sobre a estrutura e a função do ribossomo. Ela fará pesquisas no Brasil nos próximos três anos. Nesse período estão previstos intervalos em que a cientista residirá no País, em Campinas (SP), onde desenvolverá pesquisas para o Laboratório Nacional de Luz Síncroton, vinculado ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM/MCTI).
Mercadante anunciou que 360 pesquisadores de alto nível do exterior terão bolsas do Ciência Sem Fronteiras até 2014. “Queremos atrair pesquisadores de ponta para que façam estudos em temas de nosso interesse. Além disso, por meio do programa queremos repatriar nossos cientistas que estão lá fora [no exterior]”, destacou.
Para Ada Yonath, a oportunidade será muito importante para a relação dos dois países no desenvolvimento da ciência. Segundo ela, esta será a primeira experiência em que desenvolve pesquisas em outros países. “Minha primeira experiência será no Brasil e acho que será muito bom. Será tranquilo também morar aqui por uns tempos”, disse. A respeito dos incentivos para a pesquisa, ela acrescentou que o mais importante é a paixão que tem pelo trabalho e, consequentemente, pela ciência.
A cientista atua como cristalográfica no Weizmann Institute of Science, Rehovot, Israel. Formou-se em Química na Universidade Hebréia de Jerusalém, em 1962. Na mesma instituição cursou mestrado em Bioquímica, onde foi titulada em 1964. Quatro anos mais tarde se tornou Ph.D em Radiografia de Cristais no Instituto de Ciências Weizmann. O Prêmio Nobel de Química, em conjunto com Venkatraman Ramakrishnan e Thomas Steitz, foi obtido depois de seu sucesso nas pesquisas sobre um dos processos centrais da vida: a tradução, realizada pelo ribossomo, da informação contida no DNA. A pesquisadora, que tem 70 anos hoje, foi a quarta mulher a receber a premiação.
Também participaram do encontro o embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher, e o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva.
O programa Ciência Sem Fronteiras, lançado pelo MCTI e pelo Ministério da Educação (MEC), disponibilizará 75 mil bolsas de estudo, em quatro anos, para promover o intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação.
Olimpíada de Matemática
Na reunião, Aloizio Mercadante comentou ainda a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que aplicou na quarta-feira as provas da primeira fase para 18,7 milhões de estudantes de 5,5 mil municípios de todos os estados. Os estudantes são de 44,6 mil escolas do ensino fundamental e médio. “É fundamental o incentivo do País para que estudantes desenvolvam suas competências no aprendizado da matemática, disciplina fundamental para todas as áreas. Considero o estudo de línguas também muito importante. E o Brasil precisa melhorar muito nessas áreas”, disse.
O ministro informou que todo medalhista na Obmep terá direito a uma bolsa pelo programa Ciência Sem Fronteiras.
Fonte: Portal Brasil (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação)

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