segunda-feira, 15 de agosto de 2011

QUEM REDIGIU A BíBLIA E COMO FOI ELA COMPILADA?



Ninguém sabe quem escreveu ou redigiu a Bíblia. Os homens que preservaram a Sagrada Escritura e a deram ao mundo na sua forma hodierna foram escritores apaixonados pelo anonimato, a ponto de os letrados, ao discutirem sobre que livros incluir na terceira e última parte da Bíblia, terem-no adotado como um dos critérios. Exceto os profetas, nenhum dos autores era conhecido.
A redação final da Bíblia, tal como a compilação original da sua sabedoria, foi também fruto de um esforço conjunto. Séculos de estudo e discussão por parte dos maiores eruditos consumiram-se nessa tarefa.
A Bíblia judaica se compõe de três partes distintas, redigidas em diferentes épocas.
  
A Torá ou Pentateuco, isto é, os Cinco Livros de Moisés, foram compilados, pela primeira vez, nos anos subseqüentes a 621 A.C.

  
Os dos Profetas foram organizados em sua forma final por volta do ano 200 A.C.
Esta seção contém os livros históricos: Josué, os Juízes, Samuel e os Reis; os Profetas Maiores: Isaías, Jeremias e Ezequiel; e os doze profetas menores, inclusive Oséias, Amós, Jonas e Miquéias.




  
Os chamados Escritos Sagrados, que constituem a terceira parte da Bíblia, foram os que mais dificuldades ofereceram a um acordo dos doutos e mais tempo exigiram para serem compilados. Houve muitas controvérsias a respeito dos livros que deveriam ser mantidos e dos que deveriam ser eliminados. Não havia dúvidas quanto aos Salmos, Provérbios, Jó e outros livros menores. Numerosos rabis indagaram, porém, se o “Cântico dos Cânticos”, cuja poesia obviamente retratava um episódio de amor profano, caberia na Sagrada Escritura. Outros argumentaram a favor da inclusão dos chamados livros “Apócrifos”, finalmente omitidos da Bíblia Judaica, mas posteriormente introduzidos no texto católico romano.
Quando a última parte da Bíblia ficou afinal concluída, continha - e contém até hoje - os Salmos, Provérbios e Jó; as cinco Meguilot ou rolos (o Cântico dos Cânticos, Ruth, Lamentações, Eclesiastes e Ester); Daniel, Ezra, Nehemias e os dois livros de Crônicas. Nada do que se escreveu depois da época de Ezra (séc. V A.C.) foi considerado parte da Bíblia.

Os chamados Escritos Sagrados, que constituem a terceira parte da  Bíblia,  foram  os  que  mais  dificuldades   ofereceram  a  um acordo    dos   doutos  e   mais    tempo    exigiram    para   serem compilados.   Houve  muitas   controvérsias  a respeito dos livros que deveriam ser mantidos e dos que deveriam ser eliminados. Não  havia  dúvidas  quanto  aos  Salmos, Provérbios, Jó e outros livros   menores.   Numerosos   rabis   indagaram,   porém,   se  o “Cântico   dos   Cânticos”, cuja  poesia obviamente retratava um episódio de amor profano, caberia na Sagrada Escritura. Outros argumentaram   a   favor    da    inclusão   dos   chamados   livros “Apócrifos”,     finalmente    omitidos    da   Bíblia   Judaica, mas posteriormente introduzidos no texto católico romano.

Quando a última parte da Bíblia ficou afinal concluída, continha - e contém até hoje - os Salmos, Provérbios e Jó; as cinco Meguilot ou rolos (o Cântico dos Cânticos, Ruth, Lamentações, Eclesiastes e Ester); Daniel, Ezra, Nehemias e os dois livros de Crônicas. Nada do que se escreveu depois da época de Ezra (séc. V A.C.) foi considerado parte da Bíblia.
Tanto quanto se sabe, foi por volta de 90 D.C. que pela primeira vez os vinte e quatro livros da Bíblia judaica foram mencionados como um todo.
Os escritos sagrados da cristandade foram incorporados em obras que os cristãos denominaram de Novo Testamento, em oposição aos 24 livros a que chamaram de Antigo Testamento.
Quem leu ambas as versões, judaica e católica, notará que a ordem dos livros é um tanto diferente no Antigo Testamento cristão e na Bíblia judaica. Todavia, exceto os livros adicionais incluídos nas edições católicas, os dois textos são substancialmente idênticos.

Fonte: Rabino Morris Kertzer - Livro - What is a Jew?
A primeira edição, bem como a adaptação para o português, desta obra, foi planejada e realizada pelo Istituto Brasileiro Judaico de Cultura e Divulgação.



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